A GLÓRIA ETERNA

Uma vitória para nunca esquecer: 22 anos do Paysandu sobre o Boca

Na noite de 24 de abril de 2003, o futebol brasileiro viveu um dos momentos mais improváveis e emocionantes de sua história.

Uma vitória para nunca esquecer: 22 anos do Paysandu sobre o Boca Uma vitória para nunca esquecer: 22 anos do Paysandu sobre o Boca Uma vitória para nunca esquecer: 22 anos do Paysandu sobre o Boca Uma vitória para nunca esquecer: 22 anos do Paysandu sobre o Boca
Iarley foi o herói bicolor
Iarley foi o herói bicolor

Na noite de 24 de abril de 2003, o futebol brasileiro viveu um dos momentos mais improváveis e emocionantes de sua história. Em pleno estádio La Bombonera, o Paysandu Sport Club, com raça, organização e coragem, derrotava o poderoso Boca Juniors por 1 a 0, em partida válida pelas oitavas de final da Taça Libertadores da América. Nesta quinta-feira (24), a histórica vitória completou 22 anos — justo no dia em que o clube paraense celebrava o título da Copa Verde de 2025 com sua torcida.

O feito segue vivo na memória da Fiel bicolor e na história do futebol sul-americano. Naquele ano, o Boca acabaria campeão da Libertadores, mas uma das únicas derrotas da campanha aconteceu justamente diante do clube brasileiro, que entrou em campo como azarão e saiu como símbolo de superação.

Um jogo que virou lenda

Comandado por Ivo Wortmann, o Paysandu adotou uma estratégia inteligente: marcação forte e contra-ataques mortais. O goleiro Jéfferson, a zaga aguerrida e a disciplina tática foram essenciais para conter craques como Riquelme e Tevez, além da pressão da torcida xeneize.

Aos 35 minutos do segundo tempo, Iarley recebeu em velocidade e, com um chute certeiro, venceu Abbondanzieri. O gol — que emudeceu La Bombonera — virou parte da identidade do clube. Iarley, inclusive, foi contratado pelo próprio Boca após essa atuação.

Fé, garra e resistência

Mesmo com dois jogadores expulsos — Robgol e Vanderson — o Papão resistiu até o apito final. A vitória com nove em campo não apenas entrou para o museu do estádio argentino, mas também para o coração do torcedor paraense.

Legado eterno

Apesar da eliminação na fase seguinte, o Paysandu provou que o futebol é feito de surpresas, superação e paixão. O jogo é lembrado não apenas como uma vitória improvável, mas como um símbolo de resistência do futebol da região Norte, muitas vezes deixada à margem no cenário nacional.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.