O primeiro turno da fase de grupos da Série D chegou ao fim, e a Tuna Luso dá sinais claros de que entrou na competição para brigar seriamente por coisas grandes. Com uma campanha sólida, a equipe paraense encerrou os jogos de ida na vice-liderança do Grupo A1, somando 14 pontos, resultado de quatro vitórias, dois empates e apenas uma derrota.
Mais do que os números, o desempenho da Lusa impressiona. A equipe manteve-se durante toda a campanha dentro da zona de classificação, alternando entre a liderança e a segunda colocação do grupo. E o destaque não se restringe ao cenário regional. Quando comparada a líderes de outras chaves da Série D, a Tuna ostenta números expressivos, com um dos melhores saldos de gols e uma das maiores pontuações gerais da competição até aqui.
Boa parte desse desempenho passa pela consistência fora de casa. Das sete partidas realizadas, quatro foram como visitante, e a Lusa respondeu com personalidade: seis gols marcados e nenhum sofrido nos últimos quatro jogos.
Consistência defensiva e ataque equilibrado
O técnico Ignácio Neto enxerga esse momento como reflexo de um trabalho que começa a criar bases sólidas. “Estamos quatro jogos sem tomar gol. Estamos evoluindo de uma forma que gera uma consistência defensiva. Historicamente é assim que as equipes sobem. A Tuna Luso está criando uma casca. Estou feliz porque vocês podem observar que não temos 11 jogadores, mas um grupo forte”, destacou o treinador.
A construção dessa “casca” citada por Ignácio se traduz na maturidade apresentada pelo time em jogos decisivos, especialmente longe de Belém. A solidez defensiva se tornou um dos principais trunfos, mas sem abrir mão da busca constante pelo gol, um equilíbrio raro em uma competição tão disputada como a Série D.
Com o returno pela frente, a Águia Guerreira chega credenciada para consolidar sua classificação, mas também para sonhar com voos mais altos.