Nada de importação. É o que pensa o técnico Josué Teixeira para a montagem do elenco da Tuna Luso, que vai disputar a partir do dia 28 ou 29 de outubro, a Copa Verde.
O treinador informou que pretende ter em mãos um elenco genuinamente local para a disputa do torneio, no qual a Lusa estreia jogando fora de casa, contra o Rio Branco, do Acre.
“Em princípio não é necessário trazer alguém de fora. Só vamos trazer alguém, caso não seja possível encontrar atletas locais para atender às nossas necessidades”, diz Teixeira.
De acordo com o planejamento do técnico, a Série B do Campeonato Paraense, cujo início será na próxima sexta-feira, pode servir como fonte de fornecimento de atletas para o elenco da Lusa.
“Vamos observar a competição e, caso seja possível, pinçar alguns atletas que se encaixem em nossas necessidades”, avisa. O treinador justifica a sua opção pelo jogador local neste momento. “São atletas que já estão mais habituados ao futebol da região. Eles já estão adaptados ao clima e conhecem melhor o futebol local”, aponta.
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Outro aspecto salientado por Teixeira são os custos que a importação de jogadores acarretariam ao clube. “Tem a questão de passagem aérea, hospedagem e outras despesas”, descreve Teixeira. “Além disso, existe o desejo de querer dar uma chance para os meninos da base”, complementa.
No momento, o elenco conta com oito jogadores, informa Teixeira, vindos da base e que já estavam com contrato de profissional com a Lusa.
A valorização do atleta local e, sobretudo, dos valores do próprio clube, segundo Teixeira, serve para resgatar a época em que a Lusa se notabilizou por revelar grandes talentos, alguns ganhando até projeção nacional e internacional, como, por exemplo, os meias Giovanni e Arinélson, que tiveram passagens por equipes de ponta do Brasil.
“Desde que milito no futebol ouvi falar que a Tuna sempre revelou jogadores para o Clube do Remo e o Paysandu”, recorda. “Talvez isso tenha sido um critério errado. Se tivesse adotado outra política, a Tuna poderia estar em outro nível no futebol local e nacional. Agora temos de ter um pouco mais de cuidado e calma com essa situação”, finaliza Teixeira.