No futebol, o termo Transfer Ban pode parecer técnico, mas seu efeito é direto: impedir que um clube registre novos jogadores. Trata-se de uma sanção aplicada pela FIFA a equipes que descumprem obrigações contratuais ou regras de transferências. Enquanto a dívida ou irregularidade não for resolvida, qualquer reforço contratado não pode ser inscrito para jogar. O bloqueio é temporário, mas funciona como um instrumento de pressão para garantir que acordos sejam honrados e que haja transparência nas negociações.
O Paysandu enfrenta essa punição devido à contratação do lateral-esquerdo Keffel junto ao Torreense, de Portugal, em julho de 2024. O clube pagou 50 mil euros (R$ 304 mil) por 50% dos direitos do jogador, mas o contrato previa mais 130 mil euros (R$ 730 mil) caso permanecesse na Série B, valor que se somaria a quase R$ 1 milhão. O pagamento seria feito com a venda do meia Matheus Vargas, mas uma lesão inviabilizou a negociação. Agora, o clube tem até 2 de setembro, quando fecha a janela, para quitar o débito e voltar a inscrever reforços. O presidente Roger Aguilera afirma priorizar o pagamento dos salários, mas garante que busca uma solução para o impasse.
O Corinthians também integra a lista da FIFA, após não quitar parte da compra do zagueiro Félix Torres junto ao Santos Laguna, do México. O clube pagou a primeira parcela, mas deixou de honrar o restante, levando o caso à entidade máxima. Sem acordo, a sanção pode durar até três janelas de transferências, ou até que a dívida, que já inclui multas e juros, seja paga. Em ambos os casos, a punição evidencia como o Transfer Ban afeta diretamente a gestão esportiva e financeira, exigindo que clubes conciliem ambição no mercado com responsabilidade administrativa.