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Torcida do Fortaleza prepara mosaico e "Aerolaion" na final

O Tricolor vai em busca do primeiro título internacional. Foto: Mateus Lotif/FEC
O Tricolor vai em busca do primeiro título internacional. Foto: Mateus Lotif/FEC

PORTO ALEGRE, RS (UOL/FOLHAPRESS) – Não é só dentro de campo que o Fortaleza se prepara para a final da Sul-Americana. Enquanto Juan Pablo Vojvoda trabalha sua equipe de olho no duelo com a LDU, no sábado (28), em Maldonado, no Uruguai, a torcida já tem organizado mosaico e ‘Aerolaion’ para apoiar os jogadores.

‘Aerolaion’ é a festa realizada no aeroporto para a despedida dos jogadores do Fortaleza rumo a jogos importantes. O evento está marcado para quarta-feira.

Nesta terça (24), embarcam para o Uruguai materiais que serão utilizados no mosaico e numa grande celebração que será realizada durante a decisão do torneio continental.

A organização parte do grupo de torcedores ‘Equipe Mosaico’, que organizou uma rifa para três eventos ao longo do mês: a queima de fogos no aniversário do clube, no último dia 18, a ação no aeroporto e a festa no Uruguai.

Na final da Sul-Americana serão usados 3.500 bandeirinhas, 30 faixas, 15 mil balões e entre 300 e 400 quilos de papel picado.

Para tudo isso foram arrecadados entre R$ 25 e R$ 30 mil em doações. A rifa segue aberta e o valor ainda pode aumentar.

E o que a torcida irá ver quando o mosaico for exposto? Bem, isso é surpresa. “Só na hora do jogo”, contou Victor de Vasconcellos, líder da Equipe Mosaico, responsável pela festa.

“Todo processo é bancado pela torcida, tudo, sem ligação com organizadas ou o clube. Por exemplo, se arrecada às vezes com rifa, urnas que passamos no estádio para doações ou abrimos doações por PIX. Compramos mastros, tecido, cortamos, levamos para um galpão e torcedores iam lá e costuravam de forma voluntária as bandeiras”, disse Vasconcelos.

No fim de setembro, o Fortaleza rompeu relações com duas organizadas do clube: a Torcida Irmandade Tricolor e a Torcida Unida do Fortaleza.

A razão para isso foram os atos de violência praticados no jogo contra o Corinthians, exatamente pela Sul-Americana.

Na ocasião, ao menos três torcedores foram detidos e dois revólveres apreendidos durante o conflito. Um torcedor do Fortaleza tinha morrido em outra briga dias antes.

O clube, então, divulgou uma série de medidas contra esses grupos de torcedores, como banimento de envolvidos, suspensão de vendas de ingressos nas sedes das torcidas e qualquer apoio logístico a elas.

Além de buscar na Justiça que tais organizadas sejam proibidas de usar a marca Fortaleza em qualquer material.

A Equipe Mosaico não tem qualquer relação com organizadas e se define como um grupo de torcedores que busca construir uma homenagem ao time.