Bola

"Todos têm que assumir essa culpa", diz Curuá sobre a má campanha do Remo

Tylon Maués

Por enquanto sem técnico após a demissão de Gustavo Morínigo, o Clube do Remo se prepara para o jogo contra o Náutico-PE, no próximo sábado, sob o comando do auxiliar-técnico fixo do clube, Alan Ribeiro. Concomitantemente, a diretoria busca por um profissional para assumir o comando técnico azulino. Luizinho Lopes, ex-Brusque-SC, continua sendo o Plano A, mas o clube também trabalha com o nome de Allan Aal. Os dois foram procurados pelo clube paraense.

O preferido ainda é Lopes, mas o staff do treinador estaria dando prioridade a clubes da Série B. Alan Aal estava no Náutico-PE e foi demitido no início da Série C. Hoje se encerra o prazo que a própria diretoria se deu para fechar com um profissional. Com a chegada de um treinador, deve-se também iniciar um novo período de reformulação no elenco, com chegadas e partidas no Baenão.

Dentro do elenco, há a certeza que Morínigo não é o único culpado pelo péssimo começo de campanha na Série C. O volante Paulinho Curuá prega que a culpa tem que ser dividida entre todos no clube. “Não tem como colocar a culpa no treinador, né? Até porque não é ele quem entra em campo. Ele só dá as coordenadas, faz o trabalho dele para que a gente execute da melhor forma em campo. Todos têm que assumir essa culpa, pois não é só dele. Eu acredito que só nós podemos reverter essa situação”.

Curuá também admite que as saídas, que fazem parte do futebol, chamam a atenção e acabam por mexer com a moral do elenco. “Eu acho que, querendo ou não, a equipe sente muito, pois são companheiros de trabalho que chegam no início do ano. A gente sabe que se acontece com eles, pode acontecer com todos nós. Então isso nos afeta, mas não podemos baixar a guarda e temos que trabalhar muito, sobretudo nessa situação meio complicada”.

O volante admite que muitos dos que vêm de fora sentem dificuldades quando chegam a Belém, seja pela questão da torcida, do fato de ser um clube grande, com uma torcida que cobra muito. “Eu acho que a gente tem que ter um tempo para se adaptar a isso, se acostumar com a pressão da torcida. Quando a gente não ganha, a torcida cobra muito. E aí, se o jogador tiver um psicológico fraco, acaba abalando”, disse. “Tenho me perguntado sobre as coisas. A diretoria faz o seu melhor, tenta contratar os melhores jogadores pra cá, mas infelizmente acaba não dando certo, acaba não encaixando, eu também me pergunto isso, não sei por que isso acontece. Acho que a gente tem que continuar lutando, buscando melhorias tanto para o grupo fora de campo, dentro de campo, porque não podemos deixar de acreditar, a gente tem sempre que buscar melhorar e evoluir”, finalizou.