Nesta quinta-feira (6), o Tribunal de Justiça Desportiva do Pará (TJD-PA) decidiu, por maioria, punir a equipe do Capitão Poço com a perda de 18 pontos no Campeonato Paraense de 2025 e uma multa de R$ 30 mil. A decisão ocorreu durante o julgamento de uma denúncia apresentada pelos clubes Caeté e Independente. As agremiações alegaram que o Capitão Poço e a Tuna Luso Brasileira utilizaram jogadores com menos de 20 anos sem contrato profissional, violando o regulamento da competição.
O relator do processo fundamentou a decisão com base no artigo 31 do Regulamento Específico da Competição (REC), combinado com o artigo 214 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
“Aplico a perda de 18 pontos, correspondentes a seis partidas disputadas, e a não computação dos pontos obtidos pela equipe infratora, nos termos do artigo 214, parágrafo 1º. Além disso, aplico multa de R$ 30 mil”, declarou o relator durante a sessão.
A decisão do TJD-PA ocorre em um contexto de tensão no Parazão, com clubes questionando a regularidade de inscrições de atletas.
A Tuna Luso Brasileira também foi acusada da mesma infração e teve seu caso julgado em seguida, sendo penalizada com multa de R$ 10 mil e perda de 7 pontos, o que a deixa com somente 4 pontos na tabela, mas livre do rebaixamento.
As punições impactam significativamente a classificação das equipes no próximo campeonato, além de servir como um precedente para casos semelhantes.
Cabe recurso ao pleno do TJD sobre a decisão. A situação faz com que o Parazão corra risco de ser paralisado. Os jogos das quartas de final também sofrerão alterações e o Independente escapa da queda.
Como fica o campeonato
Com a punição do Capitão Poço (- 18 pontos) e Tuna Luso (- 7 pontos), a segunda fase do Parazão deve ficar assim:
Clube do Remo x São Francisco
Paysandu x Cametá
Bragantino x Santa Rosa
Castanhal x Águia
O Independente sai do rebaixamento e dá lugar para o Capitão Poço. O Caeté segue rebaixado.
Entenda o caso
As denúncias foram feitas por Caeté e Independente, ambos rebaixados. Os clubes alegam que CAP e Lusa utilizaram atletas abaixo de 20 anos e sem contrato profissional em jogos do Parazão. Matéria em atualização.