ANTÓNIO OLIVEIRA

Técnico do Remo: ‘Percebemos a força deste gigante adormecido’

Para António Oliveira, poder competitivo do Clube do Remo é um diferencial para seguir firme na Série B.

Foto: Samara Miranda/Remo
Foto: Samara Miranda/Remo

Poderia ter sido melhor, mas não foi necessariamente ruim. Não foi com essas palavras que António Oliveira, técnico remista, admitiu que o Clube do Remo não teve uma atuação igual às duas últimas rodadas. Mas, assim como seus comandados, destacou o poder competitivo azulino, que não desistiu em nenhum momento. Ele falou em entrevista coletiva no OBA e também sobre a volta ao Baenão no próximo final de semana, que será sua primeira experiência em jogos oficiais no Evandro Almeida.

NÃO FOI NOSSO DIA

“Foi um jogo onde nós sofremos sob o ponto de vista físico, onde o adversário levou o jogo para um caminho muito físico, muito cruzamento, muito de primeiras e segundas bolas, muito duelo. E quando é assim, e nós perdemos muitos duelos, postamos as linhas um bocadinho mais longe, principalmente no primeiro tempo. E o adversário, não por aquilo que jogou, mas por aquilo que competiu e, nessa perspectiva, hoje não foi o nosso dia”.

CORAGEM ATÉ O FIM

“É evidente que acabamos por ser premiados por um gol, mais pela coragem depois de sofrer, e nós continuamos o nosso caminho, somamos mais um ponto. Portanto, jogamos duas vezes seguidas fora e conquistamos quatro pontos. No último jogo em casa, jogamos talvez a melhor partida da temporada e acabamos por sofrer um gol no apagar das luzes, em um pênalti. Era um ponto que até mesmo o empate já era injusto, a derrota então, nem se fala, mas poderíamos ter hoje 40 pontos”.

TALENTO X FORÇA

“Acho que, mais uma vez, fomos dominados fisicamente pelo adversário, porque competiu e levou isto para a dimensão física, e nós percebemos que a nossa equipe mais talentosa não conseguiu jogar. Nessa situação, foi um jogo menos conseguido, mas também parabenizar os jogadores, porque dois jogos fora, quatro pontos, em uma caminhada em que é somando pontos, e assim nós vamos construindo esta bonita história que estes jogadores estão a escrever, portanto, de uma equipe que veio da Série C e que hoje encontra-se no final, pelo menos, deste jogo, em quinto lugar”.

CONFIANÇA NO TRABALHO

“Percebo a ansiedade das pessoas, portanto, o nosso caminho é este, nós vamos continuar a equipe com menos derrotas na competição. É um caminho extraordinário que estes jogadores estão fazendo. Coloco a responsabilidade sempre nestes jogadores, porque são eles os obreiros desta bonita história. Já jogamos bem e não conseguimos o resultado, hoje jogamos menos bem, acabamos por ser premiados por um empate, nós queríamos a vitória, mas acho que pelo jogo que foi, o empate acaba por ser, com sabor, a vitória”.

PONTOS COMO VISITANTE

“O trabalho que os jogadores têm feito fora de casa tem sido extraordinário, percebo que o aproveitamento em casa, pelo menos desde que eu estou aqui, não é aquilo que nós queríamos. A equipe nunca tinha vencido fora de casa, portanto, e ela começou a ganhar um hábito, porque eu incuti também com os jogadores, perceber que os jogos em casa não são suficientes, portanto, mas, a partir de agora, depois desta sequência de dois jogos com quatro pontos, fora de casa, o fator casa é um fator importante e nós temos que aproveitá-lo”.

Volta para Casa e Expectativas no Baenão

“Percebo que não temos tido o aproveitamento que nós gostaríamos, que eu gostaria, que a torcida gostaria, mas, a partir do momento, até eu estou curioso para viver esse momento no Baenão, vivo diariamente treinando, sem público, mas agora com o apoio da torcida. Tenho a certeza que ela empurra em todos os momentos, mais um momento aqui que nós percebemos a força deste gigante adormecido, digamos assim, e que, com certeza, vai fazer do Baenão um caldeirão. Nós temos que fazer o nosso trabalho, a nossa parte, e aproveitar esse fator casa e continuar, de uma vez por todas, um caminho que nós queremos, e eu tenho a certeza que no final teremos”.