O velho lema dos Três Mosqueteiros, do livro de Alexandre Dumas, que diz “um por todos, todos por um”, foi seguido ao menos em parte pelos jogadores do Paysandu. Especialmente pelos que ficaram em campo, na última quarta-feira, após a expulsão do zagueiro Novillo, ainda no 1º tempo do jogo contra o Amazonas-AM. A partida foi disputada no estádio Carlos Zamith, em Manaus, pela 18ª rodada da Série B do Brasileiro. O técnico do Papão, Claudinei Oliveira, após a partida, informou que, no intervalo, recomendou que os seus atletas corressem pelo companheiro excluído. Inclusive, Novillo deixou o gramado chorando e amparado pelos companheiros que estavam no banco de reservas.
“Pedimos no intervalo aos atletas para todos correrem pelo Novillo, que não queria sair de campo. Foi uma infelicidade dele. Todo mundo correu o dobro para que esse resultado não ficasse nas costas dele”, contou o treinador. Na opinião de Oliveira, o episódio ocorrido na capital manauara com o defensor argentino, acabou de forma decisiva culminando com o empate, por 1 a 1, com o time da casa. Mas, segundo ele, também trouxe benefício ao Papão. “Esse resultado vai fortalecer o grupo e vai formar uma família”, previu o treinador. Inclusive, Claudinei não viu injustiça em razão da expulsão de Novillo por recomendação do VAR. “Acho que não é um erro, é um cartão ‘laranja’, então a decisão vai do árbitro”, comentou Oliveira.
Ponto valorizado
O treinador fez elogios ao que ele chamou de “entrega deles (jogadores)” na partida, principalmente após a perda do zagueiro. O resultado final rendeu ao Paysandu um ponto, que o manteve fora do Z4, e, de quebra, a invencibilidade na Segundona. Agora são sete partidas sem derrota. O comandante bicolor recebeu bem o placar. “Acho que é um ponto importantíssimo. Não é o que queríamos, viemos em busca da vitória. Mas esse ponto precisa ser valorizado pelas circunstâncias do jogo”, salientou.
Papão segurou a pressão
Por fim, o treinador destacou que o time conseguiu o empate diante de um adversário que jogou em casa e com a sua equipe tendo um jogador a menos. “Você jogar 60 minutos com um a menos não é fácil superar a pressão. Criamos poucos, deveríamos ter criado mais, mas passa muito por encaixar a transição, mas com um a menos é mais difícil”, justificou Oliveira, cujo time em dois jogos seguidos como visitante – o outro foi a goleada sobre o Coritiba-PR – obteve quatro pontos. ”Não fazemos conta com derrota. Aceitávamos pelo menos quatro, e vieram os quatro”, arrematou o técnico, que mira o foco, agora, ao Athletic-MG, adversário da próxima segunda-feira, na Curuzu.