CALDEIRÃO

Técnico aposta na força da torcida na Curuzu para o Paysandu voltar a vencer 

Paysandu deve manter jogo contra o Novorizontino no estádio da Curuzu, atendendo pedido do técnico Márcio Fernandes.

Curuzu lotada é arma do Papão para se salvar na Série B - Foto: Jorge Luis Totti/PSC
Curuzu lotada é arma do Papão para se salvar na Série B - Foto: Jorge Luis Totti/PSC

A diretoria do Paysandu deve mesmo “comprar” a ideia do técnico Márcio Fernandes. Ele pediu o remanejamento do jogo de terça-feira, dia 23, contra o Novorizontino-SP, pela 28ª rodada da Série B do Brasileiro, do Mangueirão para a Curuzu. O pedido do treinador havia sido feito após o jogo de estreia dele, contra o América-MG, no último final de semana. A alegação de Fernandes é que o “Vovô da Cidade”, apelido do estádio bicolor por ser o mais antigo de Belém, é a verdadeira casa da equipe alviceleste. Ele justificou a alteração, também, pelo fato de a torcida jogar com o time, pressionando as equipes visitantes.

“A nossa casa é a Curuzu, para o torcedor superlotar. Porque o Paysandu jogar aqui, com nosso torcedor, casa cheia, é complicado. Não é qualquer jogador que tem personalidade e estrutura para aguentar. Os times vêm, sentem, e nós temos que tirar proveito disso”, afirmou o técnico. Ele ressaltou, ainda, o apoio dos torcedores, que costumam lotar à Curuzu. O fator torcida, na avaliação do comandante bicolor, pode fazer a diferença em favor do Papão. Afinal, o time não vence há nove jogos, três deles disputados na Curuzu – Athletic-MG (1 a 1), Vila Nova-MG (1 a 1) e Operário-PR (2 a 1). Ou seja, sete pontos perdidos em casa.

Expectativa é que a Fiel “carregue” o time do Paysandu

Inicialmente, a partida com o adversário paulista, conforme o site da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), estava marcada para a Curuzu mesmo. Mas, seguindo o que foi feito nas partidas contra o Volta Redonda-RJ e América-MG, a intenção era mudar o local para o Mangueirão. Contudo, conforme o desejo de Fernandes, a direção bicolor não deve pedir alteração na tabela do campeonato, deixando o cronograma de jogos do time na Segundona como está. “Nós precisamos do nosso torcedor, ainda mais nesse momento. Quando as coisas estão boas, elas vão fluindo. Mas quando não, é o nosso torcedor que carrega os nossos jogadores”, alegou Fernandes.

Em seu último jogo em sua casa, o Papão arrastou um público de 11.582 pagantes. São 5.168 torcedores a menos da capacidade de público do estádio, que comporta, segundo a CBF, 16.700 pessoas. A ideia do treinador bicolor, dita nas entrelinhas, da coletiva à imprensa, é ter, claro, o estádio lotado, como aconteceu em jogos anteriores ao disputado contra o time do interior paranaense, no estádio bicolor. Até ontem, em razão de o time ainda enfrentar o Goiás-GO, no próximo sábado, a direção do Papão não havia se manifestado sobre a venda de ingressos para a partida contra o Novorizontino, se com ou sem promoção na venda dos bilhetes.