CASO LEANDRINHO E MAIS

Tapetão Judicial vira rotina no futebol paraense: relembre alguns casos

Recentemente, mais uma movimentação nos bastidores adiou o início do Campeonato Paraense. O último foi em 2023.

Caso as punições sejam confirmadas, ambos os times cairiam de posição, mas permaneceriam no G8.
Parazão 2025 está paralisado. Foto: Wagner Santana/Diário do Pará

Recentemente, mais uma movimentação nos bastidores adiou o início do Campeonato Paraense, a exemplo do que ocorreu na atual edição que paralisou as quartas de final. Em 2023, um recurso movido pelo Paragominas resultou na suspensão do torneio, após uma disputa jurídica que se estendeu por quase um ano.

ENTENDA O CASO

A controvérsia teve início em março do ano passado, quando o Paragominas (conhecido como Jacaré) apontou irregularidades nos registros dos atletas Guga, do Águia de Marabá, e Athos, do Bragantino. O Tribunal de Justiça Desportiva do Pará (TJD-PA) acatou a denúncia e chegou a suspender a competição, mas o campeonato foi retomado, resultando no rebaixamento do Paragominas, ao lado do Amazônia Independente.

Em abril de 2022, o Paragominas obteve uma vitória parcial no STJD, após levar o caso para a instância máxima da justiça desportiva no país. No entanto, o processo teve reviravoltas e foi devolvido ao TJD-PA para nova análise.

Em outubro, o STJD julgou uma ação relacionada ao caso do Paragominas, que resultou em um novo recurso. Após uma série de adiamentos, o TJD-PA finalmente manteve a decisão de rebaixamento do Paragominas, confirmando a permanência do Águia de Marabá e do Bragantino no Parazão de 2023.

Durante a Copa do Mundo e o recesso do TJD-PA, o Paragominas deu mais um passo decisivo, interpondo um recurso no STJD que acabou por suspender o Parazão 2023. Aquele foi o terceiro ano consecutivo em que o campeonato enfrenta problemas judiciais. Em 31 de janeiro, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu que o Parazão 2023 iniciasse imediatamente, mas sem os jogos do Bragantino-PA.

Caso Leandrinho

O tapetão mais emblemático ocorreu em 2000, quando o Remo denunciou Leandrinho, então jovem promessa do Tiradentes. O caso acabou salvando o Remo de um rebaixamento no Campeonato Estadual.

Com o time capengando em campo, o Leão recorreu ao Tribunal de Justiça Desportiva do Pará (TJD-PA), alegando irregularidades na documentação do jogador Leandrinho. O Remo buscava os pontos da partida em que havia sido derrotado pelo Tigre. Leandrinho, que era um dos destaques do time adversário, acabou no centro da polêmica. Graças à “virada de mesa” provocada pelo caso, o Remo escapou do rebaixamento à segunda divisão, em mais um capítulo marcante do futebol paraense.