A novela sobre o título brasileiro de 1987 ganhou seu último capítulo e o final permanece o mesmo. A Justiça do Rio de Janeiro julgou improcedente uma nova ação movida pelo Flamengo contra a CBF e o São Paulo, mantendo o Sport como único campeão reconhecido daquela edição. A decisão, assinada pelo juiz Arthur Eduardo Magalhães Ferreira, da 1ª Vara Cível da Barra da Tijuca, considerou que o caso já foi decidido em todas as instâncias possíveis, inclusive pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2024.
“Lamenta-se que, passados tantos e tantos anos, as decisões ainda estejam sendo contestadas”, escreveu o magistrado.
O impasse começou em 1987, quando o Brasileirão foi dividido em dois módulos: Verde e Amarelo. O regulamento previa um quadrangular final entre os campeões e vice de cada grupo, mas Flamengo e Internacional, finalistas do Módulo Verde, se recusaram a disputar as partidas contra Sport e Guarani, vencedores do Amarelo. Com a ausência dos adversários, o Sport venceu o Guarani por 1 a 0 em fevereiro de 1988 e foi declarado campeão pela CBF. Desde então, o clube pernambucano sustenta a validade do título, já reconhecido judicialmente em 1994 e reafirmado pelo STF em 2017.
A Decisão Judicial e o Reconhecimento do Título
A nova sentença reforça o entendimento de que não há mais margem para recurso e classifica a tentativa do Flamengo como “abuso de direito”. Assim, o Sport mantém o reconhecimento oficial da CBF e da Justiça como legítimo campeão brasileiro de 1987, além do direito à Taça das Bolinhas, destinada ao primeiro pentacampeão nacional. “Simples assim”, celebrou o clube pernambucano em nota nas redes, encerrando, ao que tudo indica, um debate que atravessou gerações e dividiu torcidas por quase quatro décadas.