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SÉRIE C: Paysandu sofre e sai no lucro com empate diante do Operário-PR

Tylon Maués

Pela primeira vez nesta Série C o Paysandu não foi derrotado como visitante, assim como não levou gols. O empate em 0 a 0 com o Operário-PR, no estádio Germano Kruger, em Ponta Grossa (PR), valeu o primeiro ponto longe de Belém e a manutenção fora da zona de rebaixamento, por enquanto. O Papão pode ser ultrapassado por Figueirense-SC, Aparecidense-GO e Floresta-CE, que jogam hoje no complemento da 7ª rodada. O time bicolor, que chegou a três jogos sem vencer, volta a campo somente na próxima segunda-feira, dia 12, quando receberá o líder São Bernardo-SP na Curuzu.

A busca pela reabilitação bicolor passa pelos dois jogos seguidos dentro de casa, contra o já citado Tigre do ABC e o Floresta-CE, este dia 18. Mas, estas duas partidas estão, por enquanto, sob punição da Justiça Desportiva. Por conta de uma confusão proporcionada por uma torcida uniformizada em um jogo da Série C do ano passado, contra o Figueirense-SC, em Florianópolis (SC), o Paysandu foi punido com duas partidas com portões fechados como mandante. A diretoria ainda tenta reverter a pena para que os jogos tenham na arquibancada apenas mulheres, crianças até 12 anos e pessoas com deficiência.

O grande nome do empate desta quarta-feira foi o goleiro do Paysandu. De volta ao time, Gabriel Bernard fez pelo menos cinco defesas de grande dificuldade que valeram o ponto para o Papão. Numa partida de ataque contra a defesa, em que o time paraense praticamente não levou perigo ao adversário, o Fantasma sufocou durante os quase 90 minutos, chegando a ter um gol anulado por impedimento no primeiro tempo.

O treinador do Paysandu garantiu que o time foi ao interior paranaense em busca dos três pontos e o que aconteceu foi em decorrência das características do que aconteceu em campo. “O objetivo era vencer, mas sabíamos das dificuldades de jogar aqui. O Operário é muito forte aqui, tanto que desde o Campeonato Paranaense havia feito gols em todos os jogos no Germano Kruger. Montamos o time em busca do contra-ataque e tivemos duas oportunidades, faltando um toque mais caprichado na frente”, disse Marquinhos Santos, que lamentou a perda das poucas chances criadas.

“Armamos a busca do contra-ataque e tivemos a bola do jogo. A tomada de decisão da última bola acabou prejudicando os lances. Isso é ajuste fino de treinamentos, algo que tivemos pouco tempo para fazer. Soubemos sofrer, mas não precisamos sofrer tanto. Temos que encaixar melhor os contra-ataques”.