Matheus de Oliveira
Há 30 anos o Brasil e o mundo perdiam um dos maiores talentos esportivos de todos os tempos. Ayrton Senna da Silva, ou Ayrton do Brasil, nos deixou há exatamente três décadas, em uma data que gera um misto de sentimentos entre os seus fiéis fãs, sendo, por muitos, considerado o melhor e maior piloto de todos os tempos.
Partindo aos 34 anos para o outro plano fazendo o que mais gostava, que era pilotar, o profissional foi vítima de um acidente automobilístico no Grande Prêmio de San Marino. O tempo, contudo, foi responsável por manter vivo o seu legado, algo que serve de inspiração para inúmeros talentos, como é o caso do piloto Augusto Santin, radicado no Pará.
Apaixonado por automobilismo desde criança, o piloto profissional de Fórmula Vee, bicampeão da categoria em 2021 e 2022, fala de maneira emotiva sobre o principal nome da categoria no país. “Ele é inspiração de todos os pilotos, tenho contato com mais de 200 pilotos a cada final de semana, e de forma geral, o Ayrton é uma unanimidade. Além dos recordes e vitórias, ele tinha uma coisa muito forte em buscar superação, quebra de recorde e buscar cada vez mais o seu limite, o que tornava o limite de todo mundo. Se tornava uma coisa bem difícil. Ele era um talento totalmente diferente, pouco visto. Ele chegava e colocava o sarrafo lá em cima”, disse.
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Imortal, Ayrton Senna consegue arrastar uma multidão de fãs mesmo fora de sua geração. Alguns dos maiores nomes da Fórmula 1 do mundo sempre fazem homenagem e destacam a sua importância para a evolução do esporte. Durante uma breve passagem em São Paulo-SP no final do ano passado, o piloto inglês, Lewis Hamilton, destacou. “Ele me mostrou que é possível”, frisou.
Ano após ano, a balança de quem é o melhor da atualidade na Fórmula 1 muda, exceto a grandeza de quem dedicou a vida ao esporte, como é o caso de Ayrton Senna. Para Augusto Santin, a situação poderia ser ainda mais expressiva.
“Se ele tivesse sobrevivido e continuasse sendo o talento puro que todo mundo viu, com mais 4 ou 5 títulos, acho que o nome dele ganharia um panorama totalmente diferente. Não haveria concorrência. No Japão ele é idolatrado. É um cara que sempre vai ser insuperável. Podem vir os mil títulos do Hamilton, a grandeza do Schumacher, o momento do Verstappen, mas ele sempre vai ser inspiração e um nome forte pelo que fez pelo esporte”, acredita o piloto.
Santin, ao lado da idolatria, possui conhecimento de causa. “Eu sou apaixonado por automobilismo desde que me entendo por gente. Assistia F1 antes do Senna. Poder acompanhar de perto ele, nos deixa um sentimento de vazio com essa data. Mas ele sempre será lembrado como um dos grandes do mundo em nosso esporte”, aponta.
