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'Semifinal merecia mais futebol', afirma Gerson Nogueira

Foto: Jorge Luís Totti/Paysandu
Foto: Jorge Luís Totti/Paysandu

Semifinal merecia mais futebol

 

Águia e PSC fizeram um jogo muito abaixo do esperado para uma semifinal de campeonato. Sem criatividade, tímida movimentação ofensiva, marcação confusa e poucas chances de gol, o 1º tempo foi difícil de ver. Melhorou um pouco na etapa final, principalmente pelos gols, mas ficou a sensação de que os times poderiam oferecer mais.

A primeira oportunidade de gol veio através do lateral Alan Maia, que entrou na área do PSC e passou para o centroavante Iury Tanque, mas a finalização saiu torta. A resposta alviceleste veio com o volante João Vieira, que disparou de fora da área, mas sem direção.

O lance mais emocionante aconteceu em cabeceio do zagueiro Lucas Maia na trave, escorando cobrança de escanteio. Nos minutos finais, o lateral Edilson invadiu a área e mandou um chute forte, bem defendido por Axel.

Os gols só aconteceram no 2º tempo, com o jogo mais aberto e alterações dos dois lados. Por alguns minutos, o pau quebrou em campo, o jogo ficou mais feio e a arbitragem distribuiu vários amarelos para conter a pancadaria.

Finalmente, aos 15 minutos, Biel aproveitou um rebote de Axel Lopes na pequena área e chutou para o fundo das redes. O Águia reagiu de forma fulminante: aos 17’, Iury Tanque foi contemplado com um cruzamento perfeito de Wander e cabeceou de cima para baixo, vencendo a zaga do Papão.

O técnico Hélio dos Anjos, na entrevista pós-jogo, considerou que o PSC não esteve bem, mas foi superior ao Águia. Ilusão de ótica que acomete normalmente técnicos de futebol. O jogo foi parelho, com poucas chances de gol e nenhum predomínio em campo.

Ao contrário da vitória sobre o Manaus, domingo passado, o PSC não teve espaço para manobrar e nem encontrou facilidades para chegar à área. O meio-campo voltou a mostrar lentidão excessiva na transição e o combate por parte dos volantes, principalmente Gabriel Bispo, foi deficiente.

Por esse motivo, a torcida mostra ter razão quando cobra a utilização de peças mais jovens, como Esli Garcia e Juninho, ausentes na partida de ontem. Ao mesmo tempo, o técnico tem razão em lamentar a ausência de jogadores acometidos de virose.

As muitas mudanças na escalação, bem antes do problema da virose, por vezes dificultam a evolução técnica do time. Um dos que mais sofrem é Nicolas, que depende de um trabalho eficiente de criação no meio para receber passes para finalização. Ontem, não conseguiu nenhuma grande chance e acabou passando em branco.

Tudo em aberto para o segundo jogo da semifinal acontece no sábado (30), na Curuzu.

 

 

Leão e Lusa disputam hoje primeiro duelo decisivo

 

Com a empolgação gerada pelo grande resultado obtido em Manaus, empatando com o Amazonas e classificando para a semifinal da Copa Verde, o Remo busca manter a pegada no confronto com a Tuna pela semifinal do Parazão, hoje à noite, no Mangueirão.

A escalação deve repetir o time que arrancou um empate heroico na Arena da Amazônia, com a provável exceção de Echaporã, que volta de suspensão, e a possível entrada de Ytalo no comando do ataque.

Há dúvida também sobre o aproveitamento de Henrique, que foi sacado do time aos 30 minutos da partida com o Amazonas por baixo rendimento técnico. Gustavo Morínigo não deu pistas sobre a presença do volante, que pode ser substituído por Renato Alves ou Paulinho Curuá.

Os demais homens de meio devem ser Matheus Anjos, Jaderson e Silas, todos com grande participação na reação azulina diante da Onça Pintada. Ytalo, pelo gol marcado e a melhor movimentação na frente, é candidato a recuperar a titularidade.

Na Tuna de Júlio César Nunes, a ordem é manter a estratégia de marcação forte e intensidade nas jogadas, virtudes que conduziram o time à reta final do campeonato. Foi dessa forma que a Águia Guerreira superou as adversidades impostas por um elenco limitado e um time recheado de jovens valores.

A liderança em campo é do experiente Marlon, que defendeu as cores azulinas por sete temporadas. Gabriel Furtado, atacante ágil e habilidoso, é outra arma importante do time cruzmaltino.

Na fase de classificação, a Tuna surpreendeu o Remo dentro do Baenão, vencendo por 3 a 2 com um comportamento ajustado e eficiente. À época, Ricardo Catalá ainda comandava o Leão e o time exibia muitas deficiências na marcação, causadas principalmente pelo fraco rendimento físico.

 

 

Depressão quase fez Richarlison desistir da bola

 

Em entrevista à ESPN, ontem, o centroavante Richarlison, do Tottenham e jogador da Seleção Brasileira, revelou detalhes do quadro depressivo que enfrentou depois da eliminação do Brasil na Copa do Mundo do Qatar, associado a um trambique que sofreu.

“Cheguei a falar com meu pai que ia desistir […] é loucura chegar para o meu pai, que foi o cara que correu atrás do meu sonho, assim, e falar que, pô, pai, quero desistir […] Acho que a psicóloga, querendo ou não, salvou, me salvou, salvou minha vida por que eu só pensava besteira. No Google mesmo eu só pesquisava besteira, só queria ver besteira de morte”, disse o atacante.

Como muita gente, Richarlison alimentava preconceito em relação a consultas com psicólogos, mas após passar por todos os contratempos considera hoje que a experiência mudou a sua vida. O astral melhorou ainda mais com a convocação para os dois amistosos europeus da Seleção, já sob o comando do técnico Dorival Júnior.