O Paysandu não dispõe de recursos financeiros próprios para investir na vinda de novos jogadores, que sejam capazes de tirar o time do “atoleiro” em que se encontra na Série B do Brasileiro, na qual ocupa a lanterna na tabela de classificação, com apenas quatro pontos e sem nenhuma vitória. A informação da falta de grana nos cofres do clube foi feita pelo presidente Roger Aguilera, na coletiva à imprensa da última segunda-feira. Para tentar resolver o problema, o presidente bicolor anunciou que vai apelar a uma prática que parecia extinta no futebol do Pará: o pedido de socorro a colaboradores endinheirados do clube.
Ao falar sobre o assunto, o presidente ressaltou as dificuldades econômicas que o Paysandu tem para fechar essas novas aquisições, num mercado extremamente concorrido, com os clubes correndo atrás de jogadores para aproveitar a “janela” de transferência do Brasileiro das Séries A e B. A abertura vai do dia 2 a 10 de junho. “Se olhar friamente assim, não temos todos esses recursos, mas temos vários abnegados, pessoas que vão estar agora ajudando o clube. No marketing vamos nos desdobrar para tentar buscar patrocínios”, disse.
Crise financeira e estratégias do Paysandu
O dirigente relacionou a crise atual com outras enfrentadas pelo clube. “No Paysandu as coisas nunca foram fáceis e agora não é diferente. A conta mensal é muito apertada. Sempre foi muito apertada”, declarou Aguilera, que chegou, em determinado momento da coletiva, entrar em desalinho com o executivo de futebol, Carlos Frontini, que colocou em xeque o acerto final com os atletas agendados pelo clube. “A gente já tem dois (jogadores) praticamente (fechados), mas, agora será que a gente vai conseguir convencer esses nomes?, questionou o funcionário bicolor, sendo interrompido por Aguilera.
“Não, mas independente disso aí a gente vai, nós vamos vencer todas as dificuldades e trazer os atletas, vai em busca do mercado. A camisa do Paysandu é uma camisa pesada e a gente vai fazer todo o esforço aí e não tem desculpa não, aqui a gente vai trabalhar e reverter essa situação com muito trabalho”, cortou o presidente. O contraste entre os pensamentos do dirigente e do executivo acabou gerando especulações nas redes digitais quando a saída de Frontini do clube.