Bola

Ronaldo Mendes destaca a força do grupo e garante ânimo para a reta final da Série C pelo Paysandu

Nildo Lima

A estreia do meia-atacante Ronaldo Mendes, de 37 anos, com a camisa do Paysandu, não poderia ter sido mais alvissareira. O jogador, que estava sem atuar desde a metade de janeiro deste ano, deixou o banco de reservas, no último domingo, para iniciar a virada do Papão, que perdia por 2 a 0, diante do Náutico-PE. O jogador não poderia contribuir para a vitória bicolor de forma mais positiva, anotando, logo em seu primeiro toque na bola, o gol que deu início à reviravolta no placar da Curuzu e que reconduziu a equipe do técnico Hélio dos Anjos ao G8 da Série C do Brasileiro, agora na 6ª colocação.

Passado dois dias desde o épico triunfo alviazul, os 4 a 2, anotado em cima do Timbu, numa desforra da derrota, nos pênaltis, em 2019, após uma “garfada” do árbitro Leandro Pedro Vuaden, que marcou pênalti inexistente contra o Papão no tempo regulamentar, o momento que viu no jogo do último final de semana ainda não saiu da memória de Mendes. “Emocionante, sinceramente. É incrível. Um momento único na minha carreira. Poder entrar em um jogo dificílimo, um jogo importantíssimo, muito difícil. A equipe do Náutico vinha muito bem no jogo, nós não estávamos conseguindo criar”, comentou, ontem, o meia.

A estreia positiva com a camisa do Papão, conforme revelou o atleta, não foi algo novo em sua vivência no futebol. “Essa questão de no primeiro toque na bola fazer o gol foi a primeira vez, mas tenho a estrela forte e sempre consegui fazer boas estreias”, revelou. “Estou feliz pelo resultado”, disse. “Queria, primeiro, enaltecer a comissão técnica, a parte de fisiologia e a parte física, pois vinha sete meses sem fazer um jogo oficial, então a capacidade física e a força do grupo fez com que a gente conseguisse essa virada”, observou.

De acordo com o jogador, a vitória bicolor não pode ser creditada a este ou aquele jogador e nem apenas ao “professor” Hélio. “Não fui eu, não foi o Edilson (Júnior, médico do clube), não foi a saída do João (Vieira, que ele substituiu) e do Anílson, que nos ajudaram muito em outros momentos e que são ótimos jogadores, foi a força do grupo”, declarou o jogador. Segundo o meia, o resultado injetou mais ânimo e confiança no grupo bicolor no que diz respeito à confiança na classificação da equipe à 2ª fase da Terceirona.

O jogador elogiou o comportamento da Fiel, que lotou a Curuzu, se transformando no 12º jogador do Papão. “Impressionante. Joguei contra e sabia da pressão que é. Jogar a favor é muito melhor. O torcedor foi o responsável por nos encher de ânimo”, elogiou.