JOÃO GABRIEL
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho faltou à convocação para prestar depoimento na CPI das Pirâmides Financeiras, que estava marcado para acontecer nesta terça-feira (22).
Agora, o grupo reconvocou o ex-atleta para comparecer na próxima quinta (24) e, caso isso não aconteça, determinarão sua condução coercitiva.
Estão na mesma situação o irmão de Ronaldinho, Roberto Assis, e o empresário Marco Lara, que sócio da empresa 18K Ronaldinho.
A companhia prometia retornos de 2% por dia com dinheiro investido em criptomoedas e investimentos na bolsa de valores. O percentual poderia subir para 7% se o cliente indicasse mais uma pessoa para participar.
Para tudo isso, usava a marca de Ronaldinho Gaúcho, inclusive no nome. O ex-atleta, em manifestações anteriores sobre o caso, disse que sua imagem foi usada indevidamente.
Os retornos, muito acima do mercado, não se realizavam na prática, e o caso foi denunciado ao Ministério Público de São Paulo também investiga o caso, e já afirmou que não encontrou registros do ex-jogador como sócio do negócio.
Ronaldinho foi convocado para depor à CPI na condição de testemunha, o que o obriga a comparecer. Ele e seu irmão entraram com habeas corpus junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para não precisarem prestar depoimento.
Em resposta, o STF decidiu apenas que eles poderiam ficar em silêncio caso quisesse, que não precisaria produzir provas contra si mesmo.
A defesa de Ronaldinho então entrou com um novo recurso, alegando que não sabia da convocação e que, por isso, não poderia comparecer. Idem para seu irmão, que é seu empresário e cuida da sua carreira.
Membros da CPI afirmara, sob reserva, que não conseguiram contato com o jogador e que não sabem onde ele se encontra no momento.
A reportagem também não conseguiu localizar o ex-atleta, seu irmão ou sua defesa para comentar a reportagem. Nem Lara, o sócio da empresa 18K.