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Ronald não esquece gol incrível perdido no Re-Pa: 'Mal dormi por 2 dias'

O atacante Ronald é um dos 'ignorados' no Baenão. Foto: Samara Miranda/Remo
O atacante Ronald é um dos 'ignorados' no Baenão. Foto: Samara Miranda/Remo

Tylon Maués

Nos momentos finais do jogo de ontem o atacante azulino Ronald mal conseguia correr diante do desgaste. O jogador de 21 anos, cria da base azulina, foi um dos melhores em campo dos dois lados. Ele deu muito trabalho com cruzamentos não aproveitados pelos companheiros de ataque. A saída foi ele mesmo tentar as finalizações. Na primeira, o goleiro bicolor defendeu com facilidade. A segunda, aos 17 minutos do segundo tempo, ele balançou as redes. O empate em 1 a 1 ainda acendeu a torcida de esperança, mas não havia forças para o Leão buscar uma virada histórica.

“Faltou finalizar melhor as jogadas, tanto eu quanto os outros atacantes. Temos que ter um pouco de calma”, comentou Ronald ainda no intervalo. “Agora é pensar já no Campeonato Brasileiro, num desafio muito grande que teremos pela frente, o maior que teremos no ano”, disse o atacante já após a partida.

O gol e a excelente atuação de ontem vieram quatro dias depois do momento mais difícil da ainda curta carreira do jogador paraense. Na segunda partida semifinal da Copa Verde, ele perdeu um gol cara a cara com o goleiro do Paysandu e foi muito criticado por todos os lados. Emocionado ao ser eleito o melhor em campo pela TV Cultura, que transmite a competição estadual, ele se emocionou ao lembrar dos dias que separaram os dois Re-Pas, do quanto que sofreu e teve que ser resiliente. Surpreendentemente, ele foi titular quando ninguém esperava e acabou superando o momento ruim para deixar uma boa impressão para a disputa da Série C.

“A gente teve chances, mas não conseguiu fazer o suficiente. Fico feliz pelo reconhecimento, mas trocaria isso pela vitória e o título. A semana foi muito difícil pra mim. Aquele gol perdido na quarta-feira pela Copa Verde foi muito difícil, mal dormi por dois dias”, disse. “Eu não fico triste pelas críticas, elas são normais. Eu fico triste pelo o que aconteceu, pois poderia ter dado a vitória ao nosso time e poderíamos ter disputado a vaga (para a final da CV). Foi muito difícil o que eu passei, mas a resposta foi no trabalho”, finalizou Ronald.