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Técnico vetado no Corinthians por ato golpista vai comandar o Remo

O Remo anunciou a contratação do técnico Rodrigo Santana para o restante da temporada. 
O Remo anunciou a contratação do técnico Rodrigo Santana para o restante da temporada. 

O Remo anunciou a contratação do técnico Rodrigo Santana para o restante da temporada. O treinador estava desempregado e chegou a comandar o Athletic (MG) neste ano. Ele comandou o time em nove partidas, com cinco vitórias, um empate e três derrotas. Mas a equipe não avançou para as semifinais do Campeonato Mineiro pela primeira vez em três anos.

O nome de Santana também ganhou notoriedade em 2022 quando chegou a quase ser contratado para ser auxiliar-técnico no Corinthians. Na época, o então presidente do clube, Duilio Monteiro Alves, teve que explicar a razão da desistência pela contratação de Rodrigo Santana para formar a comissão técnica de Fernando Lázaro em 2023.

Santana estaria em um ato antidemocrático, a favor de um golpe militar, após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição.

Rodrigo Santana postou sua participação no ato golpista

“Até legal esclarecer isso. Eu entendo como coisas diferentes. O Corinthians é democrático. Sempre lutou por democracia e seguirá assim por sua história e fundação. O que eu queria separar que não estamos discutindo se votou nesse ou naquele, se é de direita ou de esquerda. Jamais vamos deixar de contratar por escolhas A, B ou C”, explicou Duilio.

Em entrevista ao Globo Esporte.com, Santana comentou o desfecho do quase acerto com o Timão e sua participação no ato pró-golpe.

“Se eu me arrependo? A gente recebe um convite de amigos dizendo que o ambiente só tem idosos, só tem famílias, crianças, não custa nada ir passear, conhecer, ver a história, como que é… Não quer dizer que vou me arrepender de estar num ambiente desse. Sou um cara que procura entender todos os lados, respeitar todos os lados e opiniões. Amo conversar com os idosos, com quem já esteve na vivência, conviveu com isso e passou na pele. Adoro estudar, ler, e conversar com quem viveu a experiência. Acho que isso é importante, porque não me faz pensar com a cabeça dos outros”, disse.