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Ribamar: Herói improvável salva o Leão

Ribamar salvou o Remo no fim.. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.
Ribamar salvou o Remo no fim.. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Herói improvável salva o Leão

 

Os erros foram gigantes, a começar pela escalação, mas a vontade de vencer prevaleceu. O Remo derrotou o CSA em jogo de fortes emoções, ontem à noite, no Mangueirão. Saiu na frente, viu o adversário perder um jogador por expulsão, mas fraquejou na etapa final e cedeu o empate. O gol da vitória viria nos minutos finais, pelos pés de um improvável herói: Ribamar deu o toque final para fazer a galera explodir em festa.

Para quem acompanha a caminhada do Remo na Série C, o time que Rodrigo Santana escalou tinha tudo para enfrentar problemas na partida. A começar pela inacreditável opção por Guilherme Cachoeira, sendo que no banco estavam Ronald e Pedro Vítor.

A movimentação inicial beneficiou o Remo, que tinha praticamente alugado espaço no campo de defesa do CSA. O problema é que faltava investir em jogadas mais agudas, para romper as linhas de marcação.

Kelvin se aproximava, mas estava muito encaixotado pelo lado direito. Na esquerda, Cachoeira não conseguia jogar, trombando a todo instante com a marcação. Ainda assim, pelos pés de Ytalo, Diogo Batista e Pavani, o Remo quase abriu o placar ao longo dos 20 primeiros minutos.

O primeiro gol saiu de um escanteio. Ligger testou para o fundo do barbante, aos 32 minutos, abrindo o que parecia as portas da esperança para o Remo. Logo em seguida, outra excelente notícia para os azulinos: o zagueiro Matheus Santos foi expulso ao tomar o segundo cartão amarelo.

Veio a etapa final e o Remo continuou com Cachoeira na esquerda. E, logo aos 3 minutos, ele desperdiçou grande oportunidade. Lançado na área por Raimar, demorou a se decidir e permitiu a defesa do goleiro Yuri.

De repente, o susto. Aos 4 minutos, Tiago Marques desviou de cabeça um cruzamento da direita e acertou o canto esquerdo de Marcelo Rangel, empatando a partida. A torcida silenciou diante da jogada fulminante. O Remo sentiu o impacto e levou alguns minutos para se recompor.

Santana decidiu mexer no ataque. Substituiu Ytalo, Cachoeira e Kelvin por Ribamar, Pedro Vítor e o estreante Rodrigo Alves. Deu certo. A lentidão de Ytalo e a inoperância de Cachoeira deram lugar a um trio mais brigador.

Apesar de lançar bolas na área, o Remo não construía lances de perigo. Mas, com o recuo do CSA, as chances começaram a aparecer. Pedro Vítor tenta entrar na área, controla a bola, mas o chute sai muito descalibrado. A impaciência começa a atrapalhar o Leão.

Marco Antônio entra no lugar de Rafael Castro. Curuá é substituído por Matheus Anjos. O Remo fica apenas com Ligger na zaga e vai à frente em busca do gol salvador. Ribamar quase marcou, de bicicleta. Yuri atento defende bem. Rodrigo dispara da pequena área, o goleiro salva de novo.

Pedro Vítor cabeceou de peixinho no canto para intervenção de Yuri. De repente, numa arrancada de Marco Antônio, o gol aconteceu. Ele cruzou na área, Pedro Vítor pulou rente ao chão para cabecear e Ribamar desviou para as redes. Quase ninguém acreditou que o gol era do camisa 9. Quando a ficha caiu, veio a comemoração em torno do herói da noite.

Uma vitória fundamental para as pretensões azulinas. Com 19 pontos, o Leão agora ocupa a 9ª colocação. Ainda depende exclusivamente de seu próprio esforço para chegar ao G8.

 

 

Paulinho Boia desbanca Esli e deixa sua marca

 

Nome inesperado na escalação do PSC contra a Ponte Preta, no sábado, o atacante Paulinho Boia respondeu bem à confiança que o técnico bicolor depositou nele. Substituiu simplesmente o artilheiro da equipe na Série B e saiu-se muito bem, aprovado com louvor.

Fez investidas pelo lado esquerdo, incomodou o setor defensivo da Ponte e estava bem posicionado para aproveitar a chance que apareceu. Na reta final do primeiro tempo, recebeu passe de Cazares e disparou um chute seco, no canto esquerdo do gol, abrindo o placar na Curuzu.

Uma prova da personalidade do atacante, que não se intimidou com a responsabilidade que lhe foi imposta. É verdade que já havia atuado bem ao entrar na segunda etapa contra o Ceará. Além dos dribles e escapadas, colaborou com a marcação, fato que o diferencia de Esli García.

Não significa que virou titular absoluto, mas é notório que está sabendo aproveitar o momento. O atacante venezuelano vinha em baixa, rendendo pouco após o começo de grande sucesso na competição.

 

 

Arbitragens ameaçam manchar o Brasileiro 

 

“Se querem dar a taça para Flamengo e Palmeiras, que o façam logo, pois o torcedor não é palhaço”. Este é o alerta que o colunista Jaeci Carvalho, do jornal “Estado de Minas”, fez ontem, após mais uma rodada com polêmicas de arbitragem. Ele citou o gol anulado do Cruzeiro quando o Palmeiras vencia por 1 a 0, no Allianz Parque, após intervenção do VAR.

“O que a gente tem visto no Brasileiro é de uma vergonha sem tamanho. A intervenção do VAR no jogo Palmeiras x Cruzeiro foi de uma indecência, de uma desfaçatez sem tamanho. (…) No mundo inteiro, prevalece a decisão de campo, mas, pelo jeito, os gritos do técnico Abel Ferreira ecoaram e o assoprador de apito preferiu anular, por medo de alguma represália”, escreveu Jaeci sobre o jogo em SP.

Sobre o pênalti inusitado marcado em favor do Flamengo contra o Criciúma, Jaeci considera que o árbitro Maguielson Barbosa podia ter tomado outra decisão. “Ninguém contesta que foi pênalti claro, pois a regra determina assim, mas a regra também determina que com duas bolas em jogo, o árbitro é obrigado a parar a partida, imediatamente”.

Acrescenta: “Se fosse para o Criciúma, será que o árbitro não teria anulado a jogada e mandado parar o jogo?”, questionou.

Jaeci Carvalho afirma que o Campeonato Brasileiro de 2024 já está manchado por “erros crassos” e lembrou que, apesar de tudo, o Botafogo segue líder do Campeonato Brasileiro, mesmo sem ser ajudado.

“Peço apenas cuidado com o Botafogo, que faz campanha brilhante, lidera a competição e sem nenhum auxílio dos árbitros. Pelo jeito, o dono da SAF, John Textor, tem razão em suas denúncias contra a arbitragem e a CBF”.