Remo x Paysandu: Zé Augusto confia na reação do Papão no clássico

O clássico desta terça-feira chega como o maior teste de fogo para o Paysandu em um dos momentos mais desafiadores da temporada. A 11 pontos do primeiro time fora da zona de rebaixamento da Série B, o Papão entra em campo nesta noite em busca de algo maior do que três pontos: o resgate da confiança e da identidade que sempre marcaram o clube. Para quem viveu intensamente o RE-PA, Zé Augusto, sabe que o embate é o jogo capaz de mudar tudo.

“É um jogo diferente. Pode ter favorito, mas dentro do gramado as coisas mudam. Depende da personalidade de cada jogador. O Paysandu não está bem, mas já vivi isso muitas vezes, de ver o time reagir em momentos difíceis”, relembra o ex-atacante, que chegou em 1996 e empilhou títulos, vários deles decididos com gols dele sobre o rival.

O ex-artilheiro conhece bem o que é sair de situações quase irreversíveis. “Eu já vi o Paysandu renascer das cinzas. Já fiz gol nos acréscimos pra tirar o time do sufoco. O futebol é imprevisível. As chances hoje são pequenas, mas existem, e enquanto houver chance, tem que acreditar”, diz Zé Augusto, com o tom de quem fala de dentro do coração bicolor. Para ele, vencer o clássico é o primeiro passo para retomar a autoestima da equipe e reacender a esperança da torcida. “Ganhar o RE-PA é a forma de reagir. Mesmo com todas as dificuldades, é o momento de honrar a camisa e mostrar personalidade”.

Reação e Entrega no Clássico

Mais do que a técnica, Zé acredita que a reação começa na entrega. “Nenhum jogador quer perder clássico. É ali que se separa quem sente o jogo de quem cresce dentro dele. O torcedor do Paysandu é fiel, tem mostrado isso mesmo nas derrotas. E o mínimo que o elenco precisa fazer é retribuir com luta e seriedade até o fim do campeonato”, afirma. O ex-atacante lembra que vestir o manto bicolor é carregar uma história que poucos clubes do Norte têm. “Temos títulos nacionais, já jogamos Libertadores. O Paysandu é gigante. Pode cair hoje, mas se levanta amanhã, porque é da natureza desse clube se reerguer”.

A Fé e a Experiência do Terçado Voador

Entre a fé e a experiência, o Terçado Voador estará novamente nas arquibancadas, torcendo pelo clube que o consagrou. “O RE-PA é diferente, move o estado e mexe com todo mundo. Eu acredito que, se o Paysandu jogar com o coração, pode surpreender. Já vi muita coisa acontecer no futebol. E o Papão, quando entra com alma, é sempre perigoso”.