Para o técnico Guto Ferreira, a intensidade das duas últimas partidas cobrou um preço para o Clube do Remo. O confronto com o Athletico-PR, segundo ele, foi muito desgastante, e o mesmo aconteceu no clássico, com exigência física e psicológica. Fatores que valorizam mais ainda as vitórias conquistadas contra o time paranaense e contra o Paysandu.
“Nós jogamos na quinta-feira um jogo de altíssima intensidade. O Paysandu jogou na terça, ele teve dois dias a mais de recuperação. Para o nível de jogo que nós fizemos, isso aí é absurdamente grande. Depois, o Márcio (Fernandes) foi muito feliz na armação da equipe dele, uma equipe muito rápida e leve. Então, foi um trabalho muito árduo da nossa defesa, e isso vai desgastando”, disse.
Estratégias e desafios nas partidas
“Nós tivemos a felicidade de fazer o gol logo no início. Aí, eles começaram a jogar, a gente deu uma relaxada na marcação, mas ficou controlando. Começa o segundo tempo, a gente faz 2 a 0 e dá uma relaxada e no futebol não dá para relaxar. Tomamos um gol e quando tentamos ir para o jogo de novo, tomamos o segundo. As trocas oxigenaram a equipe e deu certo. Ficamos expostos, mas nossos jogadores tiveram competência e no fim fizemos um gol que foi uma pintura, que lembrou Nelinho, até Roberto Carlos”, completou o treinador.
Segundo ele, das seis rodadas restantes o Remo tem que vencer no mínimo quatro para não ficar fazendo contas contra os concorrentes, contando justamente pelos tropeços de quem está acima. “O campeonato está muito nivelado e ele tem sido decidido muito no quanto a equipe confia e o quanto ela entrega. São muitos detalhes. Ninguém consegue permanecer muito tempo lá em cima. A gente não pode perder esse embalo”.
Visão estratégica para o acesso
Além disso, Guto defende que o importante é se manter na disputa para quando chegar o momento decisivo buscar o acesso. “A hora que estiver chegando no ponto que a gente vai começar a cansar, acabou o campeonato e nós já estamos lá em cima. Todos os outros que correram e correram, deram uma baixada. Aí começa a pressão em cima e eles não conseguem administrar. Nós estamos subindo no momento certo. Por isso que eu acredito que nós vamos chegar”.