O Clube do Remo vai para o clássico deste sábado (21) com aquilo que tem de melhor, inclusive à beira do gramado. A estreia oficial do técnico António Oliveira é, por si só, um reforço de peso para o Leão Azul, que encara o Paysandu pela 13ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Mesmo com limitações no elenco e desfalques importantes, o time deverá ir a campo com força total, apoiado na estrutura tática implantada desde o início da semana pelo novo comandante.
Apresentado oficialmente nesta sexta-feira (20), António demonstrou conexão imediata com o ambiente remista. “Foi uma negociação sempre talhada pelo respeito e carinho. Mas o importante não é onde eu estive, e sim onde estou. O clube tem uma boa ambição. Vamos colocar o Remo novamente onde ele deve estar”, declarou o treinador, que já comanda os treinos desde o início da semana e mostra entusiasmo em liderar o projeto. “Estou com esse espírito. Me sinto em casa. Fazia tempo que não me sentia assim. Estou muito feliz”, afirmou.
Expectativa para o clássico e desafios de António Oliveira no Remo
O português, com passagens por clubes na elite do Brasil, não escondeu a expectativa por estrear justamente no maior clássico do mundo. “Quero ganhar amanhã (sábado) e quero subir (à Série A). Não dá para escolher entre os dois quando há uma paixão tão grande em um clássico. Já disputei outros, mas não sei o que é um Re-Pa. Estou ansioso para conhecer”, completou. Com discurso firme e realista, António também fez questão de reconhecer os desafios: “O trabalho requer tempo, mas no futebol não temos tempo para pedir tempo. É o compromisso dos jogadores, são situações coletivas, da exigência do trabalho”, disse.
O treinador não antecipou a escalação, mas o time deve ir com Marcelo Rangel no gol; Marcelinho, Klaus, Camutanga e Sávio na defesa; Luan Martins, Pavani e Pedro Castro no meio-campo; Janderson (ou Matheus Davó), Adaílton e Pedro Rocha no ataque. Um time montado com equilíbrio e intensidade, dentro das limitações, mas com a confiança de quem sabe o tamanho do desafio. O clássico pode não decidir o campeonato, mas decide muita coisa, inclusive o rumo da temporada azulina.