Tylon Maués
As chuvas fortes que têm castigado Belém nos últimos dias provocaram uma alteração na programação de trabalho no Clube do Remo, pelo menos no local. A fim de poupar o gramado do Baenão, que por melhor que esteja acabou sendo bastante prejudicado após o jogo do último domingo, vencido por 3 a 0 pelo Leão Azul, os treinos desta semana foram transferidos para o Centro da Juventude (Ceju), o complexo de campos anexo ao Mangueirão, e, hoje, o time trabalha em seu Centro de Treinamento, no Outeiro. Neste sábado (16), o time azulino volta a encarar o Macaco Prego, no jogo de volta das quartas de final do Campeonato Paraense.
O técnico Gustavo Morínigo já deve ter os laterais Nathan e Vidal à disposição, mas os demais jogadores que estão no departamento médico devem mesmo ficar de fora, ainda que se recuperem até o final de semana. O DM remista ainda conta com o zagueiro Ícaro, com lesão grau 1 no reto anterior da coxa direita; o meia Pavani, com lesão grau 1 no bíceps femoral esquerdo; o meia-atacante Felipinho, com dores no adutor da coxa direita; e o meia-atacante Marco Antônio, com dores musculares.
Um dos mais experientes do elenco, o goleiro Marcelo Rangel destacou a primeira oportunidade que o elenco está tendo de treinar de verdade sob o comando do novo treinador. “A semana cheia é importante no início do trabalho para a gente entender ainda mais o que o nosso treinador pede, para poder trabalhar também alguns pontos que precisam ser evoluídos. Isso é importante, pois entre os dois jogos que ele chegou ele teve um curto espaço de tempo, mesmo assim a gente entendeu vários pontos e agora com a semana cheia ainda mais e a evolução é constante”, disse. “Não temos tanto tempo para treinar, que é um jogo seguido do outro, mas o pouco que a gente tem tido dentro de campo nós temos procurado escutar o que ele tem a nos falar, e também praticar, entender, levar pra dentro de campo e fazer”, completou o arqueiro.
Com o pouco tempo que teve para preparar o time para enfrentar Trem-AP e Santa Rosa, Morínigo buscou mostrar através de vídeos e de muita conversa aos jogadores o que queria da equipe em campo, com ênfase numa maior segurança defensiva, o que acabou sendo feito. “O professor conversa muito com a gente, individualmente e também coletivamente. Ele tem colocado muito que nosso primeiro defensor é o nosso atacante, começa lá da frente, que é um coletivo, é um grupo e quanto mais nós atletas entendermos que a marcação realmente começa lá na frente, automaticamente lá atrás nós vamos estar melhor resguardados”, explicou o goleiro azulino.
Rangel lembrou que nesses dois jogos a equipe sofreu pouco, e que tem que ser assim daqui em diante. “Só assim para que possamos alcançar nossos objetivos. Quando você não tomar gols, estará mais perto da vitória, porque o Remo tem qualidade técnica para poder criar jogadas. Então, é um equilíbrio, acho que a palavra certa é equilíbrio, tanto defensivamente quanto ofensivamente”, completou.