Tylon Maués
A zaga do Paysandu que terminou a temporada passada e iniciou a atual teve Genilson e Naylhor. Este último ainda se recupera de uma lesão, enquanto o primeiro cumprirá suspensão automática por ter recebido o cartão vermelho no primeiro clássico da semifinal da Copa Verde, contra o Remo. A contratação do colombiano Henríquez Bocanegra deu sinal de que ele seria um titular tão logo entrasse em forma, o que, de fato, aconteceu. Ao lado de Wanderson, hoje à noite, às 20h, no Mangueirão, ele aposta numa recuperação do Paysandu para superar o maior rival.
“Todos os clássicos têm suas viradas. Ano passado foi assim (no Parazão). É um jogo diferente e eles sabem que o 1 a 0 não garante nada. Nós continuaremos indo para frente. É o jogo onde os mais experientes têm que se apresentar e ajudar a todos”, disse o zagueiro. “Agora vamos voltar para esses 90 minutos com 11 contra 11. É um jogo importante, de dois times que estão em busca da classificação. Para nós, é importante jogar junto com a torcida. Nesses jogos definitivos é o torcedor que acaba ganhando, é ele que vai passar essa força para mantermos a pressão a nosso favor”, completou o jogador colombiano.
Um dos mais experientes do elenco bicolor, com passagens por grandes clubes, o zagueiro comentou sobre os minutos finais do Re-Pa de domingo, quando os dois times pareciam sem forças e já não buscavam o ataque. De acordo com ele, vários fatores contribuíram para que o ritmo diminuísse, passando pela questão física quanto ao fato de que haveria um segundo jogo e ninguém queria se expor mais ainda. “Foi até esquisito um pouco, pois percebemos que o Remo abriu mão do jogo no final e foi assim que em um momento nós, com dois homens a menos, queríamos ir um pouco para frente em algumas jogadas. Deu para perceber que existe também a importância para eles desse clássico. Eles sabem das condições que têm o Paysandu para jogar de igual para igual”.
Bocanegra prega uma partida mais tranquila, com menos cartões aplicados, mas ressalta que em clássicos como Papão e Leão é preciso saber administrar as ações. “É um jogo em que é preciso ter a cabeça no lugar. Mas, a arbitragem tem que entender que em clássicos algumas coisas acontecem. Num Re-Pa sempre vai haver contato e isso tem que ser entendido. Algumas expulsões de domingo, a meu ver, não deveriam ter acontecido”, finalizou o defensor bicolor.
Vinícius: Re-Pa precisa de empenho dobrado!
Matheus Miranda
Amissão azulina para o jogo desta noite é cristalina: balançar a rede bicolor a todo e qualquer custo para ir tranquilo à final da Copa Verde de 2023. Mas outra situação também garante a ida do Clube do Remo para a grande decisão do torneio regional: o bloqueio total das iniciativas do arquirrival, já que o Leão Azul possui a vantagem do empate devido a vitória no duelo passado (26), no Mangueirão. Assim, se o jogo terminar em 0 a 0 o time garante a classificação. Com o sistema defensivo apurado para isso, o principal pilar da equipe, o goleiro Vinícius, é um expert diante do Papão.
Desde 2017 pelo Baenão, o ídolo da torcida azulina passou a enfrentar os bicolores valendo a partir do ano seguinte, com 23 duelos entre Parazão, Série C do Campeonato Brasileiro e Copa Verde, torneio de hoje, desde então. Ao todo, são dez vitórias erguidas, com sete derrotas e seis empates na conta. Durante o período, o camisa 1 teve a meta vazada em 27 vezes.
Com o retrospecto positivo ao ostentar mais triunfos do que derrotas diante do adversário desta quarta-feira (29), mas sabedor de que todo cuidado é pouco, o atleta manteve o respeito e a postura para o embate. “Por se tratar de clássico é impossível apontar um favorito. Em clássico as coisas se igualam. Temos que continuar com o nosso foco, nosso comprometimento, colocando tudo em prática o que o professor Marcelo Cabo vem trabalhando muito. Acrescentar o ‘algo a mais’. Tudo aquilo que estamos fazendo é colocar em dobro porque a gente sabe que (o Re-Pa) é um campeonato à parte”, destaca.