Bola

Remo aposta em time experiente em busca do sucesso na Série C

Matheus Miranda

Conforme o prometido pelo departamento de futebol do Clube do Remo como via para reação, novas contratações para o elenco profissional foram efetuadas na tentativa de qualificar o plantel para a sequência da Série C do Campeonato Brasileiro, nas últimas semanas. Os nomes anunciados, contudo, geraram mais críticas negativas por parte do torcedor do que comentários amistosos, levando em conta uma análise das redes sociais do clube. O motivo é a idade elevada dos atletas para uma competição que é caracterizada pela presença física e dinâmica como diferenciais nas quatro linhas, como é o caso da Terceira Divisão. Do trio de reforços, dois deles estão acima dos 30 anos de idade. O meia Marcelo completa ao final deste mês 35 anos e o centroavante Élton 38 em agosto. Somente o ponta Rafael Silva, de 28, destoa nesse aspecto.

A bronca do Fenômeno Azul se amplia pelo fato de a equipe já contar com atletas veteranos no grupo, com a presença de Vinícius (38), Diego Ivo (34), Rodriguinho (35) e Muriqui (37), todos titulares. Em comparativo com as agremiações que conseguiram subir para a segunda divisão nacional para este ano ao longo da Terceirona de 2022, o pé atrás do torcedor tem fundamento em sua análise de arquibancada.

A média de idade das quatro equipes que ascenderam para a competição intermediária do futebol brasileiro no ano passado era relativamente baixa: O Mirassol-SP tinha média de idade de 25,61; o ABC-RN de 24,91; o Botafogo-SP de 24,20; e o Vitória-BA de 26,15. Até aqui, os azulinos ultrapassam a casa dos 27 anos de média (27,3 para ser exato), com a possibilidade de elevar a estatística visto a previsão de novas contratações para as próximas semanas.

Apesar da composição do elenco com a presença de vários jogadores experientes pelo mundo da bola, internamente o grupo é visto como qualificado e com a rodagem necessária para atingir os objetivos traçados para a competição nacional. A garantia é o suporte de atletas mais físicos, como é o caso de Pedro Vitor, Pablo Roberto, Kevin e Lucas Marques, todos abaixo dos 26 anos. O treinador Ricardo Catalá, que sabe bem o mecanismo da competição que está disputando, pondera: “Jogador é jogador em qualquer lugar e ele é a peça angular do projeto. O que nós temos que fazer é qualificar os ajustes necessários para que a equipe possa retomar o bom trabalho que já fez ao longo da temporada. Que possamos fazer os ajustes nos treinos. Neste primeiro momento, é quem está em condição de jogar”, diz o comandante.