Sob forte chuva, nervos à flor da pele e um clássico Re-Pa digno da tradição centenária, o Clube do Remo voltou ao topo do futebol paraense. Na tarde-noite deste domingo (11), no Estádio Mangueirão, o Leão superou o Paysandu nos pênaltis por 6 a 5, após perder no tempo regulamentar por 1 a 0, e conquistou o título do Campeonato Paraense 2025. Foi a consagração de uma equipe que buscou equilíbrio, superou ausências importantes e, na hora decisiva, manteve a cabeça fria para escrever mais um capítulo glorioso de sua história.
Com a conquista, o Remo não apenas ergueu a taça, como também retomou a hegemonia no Estado, quebrando uma sequência de títulos do rival e reforçando a fase de recuperação sob o comando do técnico Daniel Paulista. Mesmo com desfalques importantes e diante de um adversário empurrado por sua torcida, o Leão mostrou força coletiva, resiliência e frieza nas penalidades máximas.
Um clássico à altura
O primeiro tempo foi bastante movimentado, com chances de lado a lado, embora o gol tenha insistido em não sair. A chuva, que começou ainda no primeiro tempo, foi um elemento extra na tensão da partida. O Paysandu abriu o placar aos 7 minutos do segundo tempo com Rossi, de pênalti, após toque de mão de Reynaldo — o mesmo zagueiro que, mais tarde, se redimiria da melhor forma possível.
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Mesmo em desvantagem, o Remo buscou o empate. Teve chances claras com Pedro Rocha e Felipe Vizeu, mas parou em noite inspirada do goleiro Matheus Nogueira. Aos 41 minutos, em nova penalidade, Adailton teve nos pés a chance de empatar, mas novamente Nogueira salvou o Papão. O título, então, foi decidido nas cobranças alternadas de pênaltis.
Decisão nas penalidades
Após empate por 4 a 4 nas cinco primeiras cobranças, Dudu Vieira desperdiçou para o Paysandu e Reynaldo, em um desfecho simbólico e dramático, converteu o pênalti decisivo: 6 a 5 para o Remo, que comemorou com sua torcida em uma explosão de alívio e orgulho.
O técnico Daniel Paulista, que completou menos de dois meses à frente do clube, comemorou intensamente — com direito a banho de água gelada dos jogadores — e destacou a força mental do elenco em uma final difícil. “Estamos quebrando tabus e construindo uma nova história. Esse título é só o começo”, afirmou, já projetando os desafios da Série B.
