O que não faltam são brasileiros que se destacaram por Real Madrid e Barcelona. Sávio, Roberto Carlos e Marcelo são exemplos do lado merengue. Romário, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho e Neymar, do lado catalão. Sem contar Evaristo de Macedo e Ronaldo, que brilharam com as duas camisas. Apesar disso, o clássico deste sábado, às 16h (de Brasília), pela La Liga, carrega uma expectativa rara. Com Vini Jr e Raphinha em grande momento, o duelo no Santiago Bernabéu pode ter um protagonismo verde e amarelo de ambos os lados.
Os dois jogadores vivem o auge de suas carreiras até aqui. O momento de Vini é mais duradouro. Faz seu melhor começo de temporada depois de já ter brilhado na anterior, quando liderou o Real nos títulos do Espanhol e da Liga dos Campeões. Por coincidência, o “El Clásico” será seu último compromisso antes da cerimônia da Bola de Ouro 2024, que pode consagrá-lo e encerrar um jejum de 17 anos sem brasileiros premiados.
– Creio que, sem dúvidas, será o próximo Bola de Ouro – cravou, nesta sexta-feira, o técnico do Real Carlo Ancelotti, ao ser perguntado sobre o longo abraço dado no brasileiro durante a vitória da última terça sobre o Borussia Dortmund-ALE, válida pela Liga dos Campeões e que contou com três gols dele: – Significa treinar um dos melhores do mundo. Um garoto que segue sendo muito humilde, que evoluiu muito.
Raphinha, por sua vez, goza de protagonismo inédito em sua terceira temporada pelo Barcelona. Passou a se aventurar pela esquerda e pelo centro para que a joia Lamine Yamal atuasse na direita e se mostrou à vontade nas novas funções. Assim como Vini, chega ao clássico após um hat-trick – diante do Bayern de Munique-ALE, na última quarta, pela Liga dos Campeões.
Em 13 partidas, Raphinha já marcou nove vezes. Está a um gol de igualar sua melhor marca pelo clube (balançou as redes dez vezes tanto na primeira quanto na segunda temporadas).
– Tenho uma equipe fantástica e os jogadores são inacreditáveis. Mas nunca tive um jogador como Raphinha. Ele é incrivelmente dinâmico com e sem bola – derreteu-se o técnico do Barça Hansi Flick.
Diante do sucesso dos companheiros de seleção, a pergunta é inevitável: quem se destacou mais até agora? Nos números gerais, Raphinha possui leve vantagem em gols (9 contra 8) e assistências (6 contra 5).
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No Espanhol, os dois têm o mesmo número de gols (5). Mas o camisa 11 do Barcelona se sobressai em outros quesitos. É o segundo garçom do campeonato (cinco assistências), o terceiro maior finalizador (14) e lidera em grandes chances criadas para os companheiros (13). Vini não finaliza tanto (o que, por outro lado, mostra seu bom aproveitamento), mas se destaca como terceiro maior driblador (25).
Na Liga dos Campeões, Raphinha é o segundo na artilharia (com quatro) e lidera em participações diretas em gols (5). Vini, com um gol a menos, se destaca como o terceiro em finalizações certas (9).
A situação de cada clube, no entanto, talvez gere a impressão de que o começo de temporada de Vini reluz mais. No Real, não há dúvidas de que o camisa 7 é o grande nome neste momento. Já Raphinha divide o protagonismo no Barça com Lewandowski e Yamal. A ver o quanto o brilho individual de cada um e a fase das equipes irão influenciar no confronto deste sábado.
Texto de: Rafael Oliveira (AG)
