O Real Madrid pode boicotar a final da Copa do Rei por estar incomodado com a arbitragem. O time merengue se manifestou após a entrevista coletiva do árbitro Ricardo de Burgos Bengoetxea e o VAR Pablo González Fuertes e, segundo a imprensa espanhola, pode não comparecer ao jogo contra o Barcelona, neste sábado (26), às 17h (de Brasília).
O QUE ACONTECEU
O Real reclamou das “manifestações inadmissíveis” da arbitragem, que “demonstram uma clara e manifesta hostilidade” contra o time merengue.
Os merengues apontaram uma “ação premeditada” e também “tom ameaçador” dos responsáveis pelo apito na decisão. O clube ainda cobrou a Federação Espanhola assim como os responsáveis pelo corpo de arbitragem.
Essas manifestações, realizadas de maneira premeditada, demonstram, mais uma vez, uma clara e manifesta aversão e hostilidade desses árbitros contra o Real Madrid. Trecho da nota do Real Madrid.
O descontentamento pode levar o Real Madrid a não entrar em campo contra o Barcelona, informou o jornal local As. O clube, inclusive, não deve participar da coletiva de imprensa marcada para as 16h15 (de Brasília) ou para o treinamento no estádio La Cartuja de Sevilla, palco da final.
Apesar da pressão merengue, a Federação Espanhola não cogita mudar a escala da arbitragem, segundo o jornal Marca. O episódio, no entanto, deve ser submetido ao Comitê Técnico de Árbitros.
Entenda a polêmica
O canal oficial do Real Madrid compartilhou um vídeo apontando supostos erros de Ricardo de Burgos Bengoetxea. O material também questionava o fato do árbitro nunca ter sido escalado para uma partida da Liga dos Campeões.
Nesta sexta-feira (25), Bengoetxea chorou durante a coletiva de imprensa ao falar sobre os ataques à arbitragem espanhola: “não é justo o que muitos de nós estamos passando, não só no futebol profissional, porque isso afeta nossas famílias, mas principalmente no futebol de base. Então que cada um pare para refletir sobre para onde queremos ir o que queremos do esporte e do futebol. Só queria que vocês soubessem disso”, afirmou.
Pablo González Fuertes, responsável pelo VAR na final, também subiu o tom: “Nós vamos fazer história porque não vamos mais tolerar. É a consequência de colocar o alvo na cabeça de um companheiro de equipe. Temos que tentar encontrar uma solução para esse clima de beligerância”, disse.