ENTENDA

Re-Pa tem emoção, gols e alerta médico: Conheça a Regra da Concussão

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O zagueiro Joaquin Novillo, do Paysandu, e o meia Janderson, do Remo, se chocaram ao disputar uma bola aérea.
O zagueiro Joaquin Novillo, do Paysandu, e o meia Janderson, do Remo, se chocaram ao disputar uma bola aérea. Foto: Reprodução

O clássico entre Remo e Paysandu, disputado nesta quarta-feira (7) pela final do Campeonato Paraense, foi marcado não apenas pela vitória emocionante do Leão por 3 a 2, mas também por um lance preocupante: o choque de cabeças entre os jogadores Jaderson e Novillo. O episódio reacendeu a discussão sobre o novo protocolo da FIFA para lesões na cabeça — em vigor desde 1º de julho de 2024 — que estabelece procedimentos específicos em casos de concussão.

Concussões e o Protocolo da FIFA

Concussão não é só “tontura” — é coisa séria

Concussões são lesões cerebrais causadas por impactos ou movimentos bruscos na cabeça, capazes de comprometer funções cognitivas essenciais à performance dos atletas. Diante disso, a FIFA implementou um protocolo rigoroso que visa proteger os jogadores, permitindo substituições específicas para esses casos sem prejudicar o número de alterações tradicionais.

Como funciona o novo protocolo da FIFA para concussões:

  • Se houver suspeita de concussão, o médico do clube pode solicitar a substituição do jogador.
  • Essa substituição não conta entre as cinco permitidas normalmente.
  • A equipe adversária ganha automaticamente direito a mais uma substituição também, para evitar desequilíbrio competitivo.
  • Mesmo que o jogador volte ao campo, a substituição por concussão ainda pode ser feita posteriormente se o médico reavaliar a situação.
  • O atleta substituído por concussão deve ficar fora de qualquer jogo por no mínimo cinco dias.

Casos raros e exceções:

  • Em competições com banco cheio, se não houver mais opções, um jogador já substituído pode voltar ao jogo como “substituto por concussão” — algo raro, mas previsto.
  • Apenas uma substituição por concussão por equipe é permitida por partida.

E o papel dos árbitros?
Os juízes não interferem na decisão médica de substituir ou não um atleta por concussão. No máximo, devem sinalizar a necessidade de avaliação médica ao técnico ou capitão e garantir que o atendimento aconteça com segurança e prioridade.

No jogo entre Remo e Paysandu, o protocolo não foi acionado, mas o lance evidencia a importância da regra em partidas de alta intensidade. O futebol segue evoluindo — agora, com a saúde cerebral dos atletas em primeiro lugar.


Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.