Quase vinte anos depois, o Re-Pa retorna à Série B do Campeonato Brasileiro carregando memórias de quem já viveu a intensidade desse cenário. Em 2006, Remo e Paysandu protagonizaram confrontos marcantes na divisão, e jogadores como Landu e Zé Augusto estiveram em campo, sentindo de perto o peso e a responsabilidade de um clássico que mobiliza toda a cidade. Hoje, com a rivalidade de volta ao palco nacional, são justamente esses ex-atletas que ajudam a traduzir o valor simbólico e competitivo do duelo, que vai muito além dos três pontos.
Landu, peça importante naquele time azulino, revive com orgulho a atmosfera daqueles dias. “Depois de 19 anos, né? Felizmente, os dois estão de volta à Série B. Torcidas como essas tinham que estar na Série A, na verdade. O clássico mexe com a cidade, com o torcedor, que já respira o jogo a semana toda. É preciso jogar com garra, com emoção. Eu falo pelo Remo, pelo Fenômeno Azul, que surgiu ali em 2005, no acesso da Série C. O jogador tem que sentir o que é clássico e honrar a camisa”, disse.
Do lado bicolor, Zé Augusto, que também esteve em campo em 2006, destaca como o Re-Pa transforma até a rotina dos treinos. “Jogar o clássico já é uma motivação. É uma semana diferente, os treinos ganham outra intensidade. Reúne as duas maiores torcidas, perder não é agradável. E hoje em dia, com as redes sociais, o mundo todo assiste. Quem vai bem num jogo desses chama atenção, até de fora do país. É uma grande vitrine”, aponta.
Re-Pa na Série B: relevância e emoção
Neste sábado (21), os caminhos dos rivais se cruzam mais uma vez na Série B, em um cenário novo, mas com a mesma força de sempre. O clássico de 2025 não apaga o passado, mas amplia sua relevância. Para quem viveu o Re-Pa da Série B em 2006, uma certeza permanece: não importa o tempo, o elenco ou a colocação na tabela, o clássico continua sendo um divisor de águas emocional, técnico e simbólico no futebol paraense.