
Remo e Paysandu voltarão a se enfrentar em mais uma final do Campeonato Paraense, no que será o 777º clássico Re-Pa, o confronto mais disputado da história do futebol mundial. Os números impressionam: são 268 vitórias do Remo, 243 do Paysandu e 265 empates. Em gols, o equilíbrio também chama atenção — o Remo marcou 981 e o Papão, 980.
O primeiro encontro entre os rivais ocorreu em 14 de junho de 1914, com vitória do Remo por 2 a 1, na Curuzu. Desde então, as equipes já decidiram o título estadual em 62 oportunidades, com o Leão levando a melhor em 33 delas, contra 29 conquistas do Paysandu.
Clássicos que marcaram época
O 7 a 0 histórico (1945)
Em 22 de julho de 1945, o Paysandu aplicou a maior goleada da história do Re-Pa: 7 a 0 sobre o Remo, em pleno Baenão. A partida entrou para a história do clube alviceleste e inspirou até marchinha que virou símbolo da torcida.
Finais de 1992 e o golaço de Mendonça
No Campeonato Paraense de 1992, o Paysandu venceu as quatro partidas das finais contra o Remo. O jogo mais lembrado foi o último, com um golaço do atacante Mendonça, que acertou um chute quase do meio-campo no Mangueirão.
Tabu, desabamento de muro e título azulino (1993)
Em 29 de julho de 1993, o Remo vencia por 1 a 0 na Curuzu, quando o muro da arquibancada desabou, interrompendo o jogo. Com o Mangueirão interditado, o segundo duelo foi realizado com público reduzido, e o Leão venceu por 1 a 0, com gol de Agnaldo, garantindo mais um título.
Edil “Braddock” e a última vitória do tabu (1997)
Em 7 de maio de 1997, o Remo venceu o Papão por 3 a 1 no Mangueirão, encerrando a histórica sequência de 33 jogos sem perder para o rival. O destaque foi Edil “Braddock”, que marcou o terceiro gol. O time era comandado pelos jogadores Agnaldo e Belterra, já que estava sem técnico.
Fim do tabu: Paysandu quebra jejum (1997)
Pouco mais de um mês depois, em 9 de junho de 1997, o Paysandu encerrou o tabu com uma vitória por 2 a 0 no Mangueirão, assumindo a liderança do segundo turno do Estadual. A festa foi grande nas ruas de Belém, com buzinaços e comemoração como se fosse título.