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Quem vai substituir Vinícius Júnior na 'decisão' contra o Uruguai? Veja as opções

Foto: Rafael Ribeiro/CBF
Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Davi Ferreira

RIO (AG) – A missão da seleção brasileira nas quartas de final da Copa América é naturalmente difícil por ter como adversário um Uruguai favorito e melhor time da fase de grupos. Porém, sem Vinícius Júnior, suspenso pelo segundo cartão amarelo levado ainda no início do empate por 1 a 1 com a Colômbia, o jogo virou uma dor de cabeça ainda maior para o técnico Dorival Júnior. Há peças que oferecem qualidade para substituir um dos melhores jogadores do planeta, mas que demandam mudanças coletivas.

De maneira geral, a equipe deve ser mantida com três atacantes no desafio contra os uruguaios, marcado para 22h deste sábado. Será necessária, porém, uma reconfiguração no posicionamento dos jogadores, principalmente Rodrygo. O camisa 10 assumirá o protagonismo do ataque, e há grandes chances que seja deslocado para a esquerda, lado normalmente ocupado por Vini.

Partindo disso, talvez a opção mais óbvia seja Endrick, que poderia ocupar o centro do ataque, como já mostrou em boas performances sob o comando de Dorival. No entanto, o jovem de 17 anos soma apenas 13 minutos jogados por partida nesta Copa América, sempre saindo do banco. Apesar de apresentar oportunismo na área, a experiência pesa em um jogo desta magnitude.

Na convocação, Dorival levou apenas Evanilson, centroavante do Porto, como representante típico da posição. Durante a fase de grupos, a equipe não teve um homem que soubesse reter a bola na frente ou mesmo aparecer como opção pelo alto. Com 25 gols em 42 jogos na última temporada do futebol português, sua melhor no país, o jogador de 24 anos teria uma chance de ouro para dar uma primeira impressão à torcida.

Entretanto, Dorival pode pensar em não mexer no posicionamento de Rodrygo, que, apesar de render mais justamente pela esquerda quando joga no Real Madrid, manteria uma função de articular as jogadas pelo centro na seleção. Isso envolveria ter como titulares Raphinha e Savinho, dois jogadores que brigam por posição na ponta direita.

A principal sinalização foi o teste feito na reta final do empate com a Colômbia, quando Raphinha foi para a esquerda após a entrada de Savinho – futuro atleta do Manchester City. Essa estratégia daria ao treinador dois nomes que apresentam frequência na Copa América.

Raphinha marcou na última rodada o gol de falta que quebrou um jejum de cinco anos na seleção e chega confiante. Já Savinho foi titular no segundo jogo da campanha, contra o Paraguai, e agrada pela capacidade de desequilibrar com jogadas individuais. Uma solução que respeitaria o momento de cada um. Vale frisar que Pepê, que também atua ma direita, está no leque de opções, mas é a menos considerada para este momento.

A escalação de Gabriel Martinelli seria o mais básico para que Dorival não precisasse mexer muito nas estruturas. O jogador do Arsenal ocupa exatamente a faixa esquerda e exerceria o mesmo papel de Vini, taticamente falando. Pesam contra ele o pouco tempo que teve para jogar na estreia contra a Costa Rica e sua temporada no futebol inglês, com desempenho pior do que o de 2022-23.

No final das contas, Vini Jr. é insubstituível, por mais que tenha se sobressaído apenas na goleada contra o Paraguai. O único nome que pode assumir este papel é Rodrygo, como já provou ao seu lado no Real. Dorival terá dois dias para diminuir um incêndio antes do compromisso contra uma das seleções favoritas ao título.