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Protesto no Remo: polícia identifica torcedores que fizeram ameaça de morte

Os quatro investigados foram ouvidos na delegacia, onde foi instaurado um Termo Circunstanciado de Ocorrência
Os quatro investigados foram ouvidos na delegacia, onde foi instaurado um Termo Circunstanciado de Ocorrência

A Polícia Civil do Pará identificou 4 torcedores do Clube do Remo indiciados por ameaça e incitação ao crime contra o próprio clube, conforme artigo 286 do Código Penal. Um procedimento policial foi instaurado, em Belém, por meio da Delegacia de Proteção ao Torcedor e de Grandes Eventos (DPTGE).

No dia 9 de maio, representantes do Clube do Remo procuraram a Polícia Civil para denunciar um caso de incitação ao crime feito por torcedores de torcida organizada. Segundo os denunciantes, um grupo pessoas teria feito uma foto em frente ao estádio do time segurando uma faixa que continha uma mensagem de ódio ao clube e ameaças de morte.

A cobrança principal recaiu sobre a necessidade de uma vitória no jogo do Leão Azul contra o Floresta-CE, no Baenão. O time acabou vencendo a partida dias após a ameaça.

No texto da faixa, os torcedores fizeram ameaças de morte caso o time não conquiste a vitória no próximo confronto. “Ou ganha, ou guerra, seus filhos da put*. O Remo vai sair dessa nem que tenha que morrer alguém”, escreveram os manifestantes, refletindo um nível extremo de descontentamento.

O delegado-geral da Polícia Civil do Pará, Walter Resende, contou que o objetivo do grupo era criar um clima de terror nos jogadores e na diretoria do clube. “Divulgada nas redes sociais, a foto tirada por eles foi feita com o intuito de gerar um pânico na equipe responsável pelo time, especialmente porque ela foi compartilhada dias antes de um jogo decisivo”.

“Nós identificamos um dos envolvidos depois de análises do sistema de monitoramento de câmeras próximas ao local. A partir daí, fizemos o levantamento de informações por meio da inteligência policial e análise de banco de dados até chegarmos aos outros três envolvidos e assim fechamos todos os envolvidos no crime”, pontuou o titular da DPTGE, delegado Marcos André.

Os quatro investigados foram ouvidos na delegacia, onde foi instaurado um Termo Circunstanciado de Ocorrência. Eles foram liberados após assinarem termo de compromisso e comparecimento na Justiça quando forem convocados. Após o envio do procedimento policial ao Poder Judiciário os envolvidos serão convocados pela Justiça que adotará as medidas judiciais cabíveis.