Na última terça-feira (5), Roger Aguilera, empresário de 43 anos, foi eleito presidente do Paysandu para o próximo biênio. Aguilera, atual vice de operações do clube, deu início de forma imediata à transição, já que oficialmente só assumirá o cargo em janeiro. A meta é não perder tempo e traçar os planos para a sua gestão, dando atenção especial, claro, ao Departamento de Futebol, considerado carro-chefe da agremiação. Confira a seguir, o bate-papo.
P – Esse ano a meta era recolocar o time na Séria A e não aconteceu. O que deve mudar para que o objetivo seja alcançado em 2025?
R – Esse ano sabíamos das dificuldades que encontraríamos na competição. O mais importante é garantir a permanência do clube e estamos muito próximos disso. Para o ano que vem, nós vamos fazer o possível para brigar na parte de cima da tabela.
P – Na sua gestão, o Parazão vai servir como laboratório para o Brasileiro ou o elenco será montado para a temporada inteira?
R – A ideia é montar um elenco visando a temporada inteira, mas é claro que o clube vai se manter aberto e atento às oportunidades do mercado.
Relação com o arquirrival
P – A subida do maior rival, o Remo, para a Série B, é vista pelo senhor como algo positivo também para o Paysandu?
R – É bom para a economia local, já que ano que vem Belém poderá receber mais jogos. Garantindo a nossa permanência, a gente também garante pelo menos dois clássicos com renda acima de R$ 1 milhão, então vai movimentar bastante a cidade nesse sentido.
P – Há como manter uma relação cordial entre dirigentes e torcedores para o engrandecimento do futebol paraense?
R – Com toda certeza. Nossa rivalidade deve ficar apenas no campo e não fora dele. Os clubes têm amplo potencial para fomentar suas receitas e alavancar os investimentos.
Período de transição
P – Sua posse só será em janeiro, mas o senhor já vem trabalhando visando 2025?
R – Já começamos a transição junto ao presidente Maurício (Ettinger) e demais departamentos dos órgãos, também com participação efetiva dos vices eleitos, Márcio Tuma e Diego Moura. Será um processo super tranquilo, até porque atualmente sou um dos vices do clube.
P – É público que alguns jogadores do atual elenco já renovaram contrato. Qual o percentual do grupo deste ano deve continuar para a próxima temporada?
R – Nosso foco está 100% voltado para o jogo de segunda-feira, então vamos primeiro alcançar o objetivo da permanência para depois tomar essa decisão.
P – Essa questão trabalhista com o Hélio dos Anjos pode ser um entrave para a próxima gestão, como aconteceu nos casos Jobson e Arinélson em administrações passadas?
R – O vice-presidente eleito, Márcio Tuma, na condição de atual diretor jurídico do clube, já soltou uma nota sobre o assunto (Márcio Tuma afirmou que o clube apresentará em defesa nos autos toda a argumentação necessária para refutar o que está sendo alegado pelo ex-técnico bicolor).
Aguilera deixa definições para depois do jogo contra o Brusque
P – O Paysandu fará pré-temporada em Belém ou fora da capital paraense?
R – Possivelmente será em Belém. Devemos aproveitar a estrutura do nosso CT para realizar esse trabalho. Mas ainda estamos em fase de definição.
P – Qual o perfil do treinador do Paysandu para 2025?
R – Volto a dizer, o nosso foco no momento é o Brusque. Depois que alcançarmos a pontuação mínima na competição, aí sim a gente entra em outros assuntos.