Tylon Maués
Um dos últimos clubes a se apresentar para o início da pré-temporada, o Paysandu terá que compensar o tempo perdido com tecnologia e metodologia. Em entrevista exclusiva ao Bola, o preparador físico do Papão, Jayme Ferreira, deu detalhes de como será a preparação bicolor.
P – Por causa do calendário, o Paysandu será um dos últimos a iniciar a pré-temporada para 2023. Boa parte dessa preparação será feita durante o Campeonato Paraense?
R – Não, eu acredito que durante a pré-temporada nós conseguiremos dar um bom lastro para todos os jogadores, tanto em nível de força, velocidade, resistência e também na parte técnica e tática. Porém, claro que o começo do campeonato você usa para fazer algumas observações físicas e técnicas. Você consegue ver quem está precisando de alguma valência a mais, quem está precisando de algum tipo de trabalho específico, mas acredito que o tempo que temos dará para chegar bem na estreia.
P – Numa fase de muitas contratações, como funciona o monitoramento dos jogadores que virão? Há uma base de dados de atletas, há uma troca de informações entre os profissionais dos clubes?
R – Durante essa fase de contratação, a gente consegue, através do nosso setor de inteligência e análise de desempenho, algumas informações. Fora isso, os departamentos de performance e saúde, preparação física, fisioterapia e nutrição entram em contato com os outros profissionais dos clubes anteriores dos jogadores pra gente ter informação, como se algum jogador teve excesso de lesão, como ele foi durante o ano, como é o percentual de gordura, entre os coisas que auxiliam no planejamento e a entender melhor o atleta.
P – O Parazão é disputado em muitos campos pesados e cheios de lama. Alguns jogadores podem ou devem ser poupados de pisos muito ruins?
R – Esse ano não tivemos esse tipo de problema. Agora, durante o campeonato, você é obrigado a fazer algumas observações. De repente, um jogador que tem uma idade ou um jogador que está voltando de lesão, você tem que ter essa preocupação, porque os campos são pesados, alguns muito ruins. Mas isso é uma observação individualizada, que a gente deve fazer durante a competição, algo natural entre as equipes que desempenham sempre no seu máximo.