PLANEJAMENTO

Praticar esportes de aventura requer atenção com segurança

Os praticantes defendem o turismo de aventura, mas é preciso planejamento, uso de equipamentos e respeito ao corpo e ambiente

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Os acidentes mais comuns registrados durante a prática de esportes de aventura, segundo o tenente, são quedas, fraturas, torções, afogamentos, males súbitos e desorientação em trilhas Fernando Frazão/Agência Brasil
Os acidentes mais comuns registrados durante a prática de esportes de aventura, segundo o tenente, são quedas, fraturas, torções, afogamentos, males súbitos e desorientação em trilhas Fernando Frazão/Agência Brasil

Também conhecidos como esportes radicais, os esportes de aventura são atividades físicas praticadas em contato com a natureza, envolvendo riscos calculados e que demandam preparo físico e emocional. Essas atividades geralmente acontecem em ambientes como montanhas, rios, florestas e céus, proporcionando adrenalina e contato direto com o meio ambiente.

Os praticantes garantem que a sensação é indescritível, mas para garantir que nada saia do controle, é preciso planejamento, uso de equipamentos de segurança e respeito aos limites do corpo e do ambiente.



“Ao realizar a prática de um esporte de aventura, a pessoa deve conhecer bem o local da atividade, procurar profissionais experientes para a prática, usar sempre equipamentos de proteção individual, estar em boas condições físicas, evitar práticas sozinho e informar familiares ou amigos sobre o percurso e horário de retorno”, orienta o tenente Pedro Alencar, integrante da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) do Corpo de Bombeiros Militar (CBM-PA).



É inclusive uma das funções da corporação as vistorias preventivas, ações educativas, campanhas de conscientização e orientações diretas aos praticantes e empresas. Em eventos organizados, o CBM-PA pode atuar na análise de planos de segurança e no apoio preventivo.

De acordo com o Ten. Alencar, existem algumas legislações específicas que devem ser seguidas – como as normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a NBR ISO 21101, que estabelece os requisitos para um Sistema de Gestão de Segurança (SGS) para empresas de turismo de aventura, além de legislações estaduais e municipais. Também devem apresentar plano de gestão de riscos, ter condutores capacitados e garantir o uso de EPIs, os equipamentos de proteção individual.

“Os EPIs são fundamentais para reduzir lesões e salvar vidas em caso de quedas, escorregões, impactos ou outros acidentes. Eles garantem maior segurança e permitem que a atividade seja praticada com menor risco”, justifica o bombeiro militar.

Prevenir é essencial

Dentre os cuidados que devem ser tomados na escolha de empresas ou condutores que oferecem esse tipo de atividade, cabe verificar se a empresa é legalizada, se os condutores são certificados, se os equipamentos são adequados e em bom estado, e se há plano de emergência. Vale muito consultar as avaliações de outros clientes que tiveram experiência com determinada empresa.

Os acidentes mais comuns registrados durante a prática de esportes de aventura, segundo o tenente, são quedas, fraturas, torções, afogamentos, males súbitos e desorientação em trilhas. Em algumas modalidades, há também risco de choque térmico e acidentes com animais peçonhentos.

No Pará, as ocorrências ao CBM são corriqueiras, e quando ocorrem são especialmente em regiões turísticas com trilhas, cachoeiras, rios e montanhas. “O resgate é feito com equipes especializadas em salvamento terrestre, aquático ou em altura. Pode envolver técnicas de rapel, uso de embarcações, drones, GPS e, em alguns casos, apoio aéreo com helicóptero”, detalha o Ten. Alencar.

“Em caso de acidente, o Corpo de Bombeiros deve ser acionado pelo 193 e a localização deve ser informada com o máximo de detalhes. Então é recomendado, até a chegada do resgate, que a pessoa mantenha a calma, se proteja o máximo possível do frio ou calor, não se movimente em caso de suspeita de fratura ou lesão na coluna, e em caso de uma situação de grupo, que seja oferecido apoio emocional durante a espera”, recomenda.