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Pilares e vigamentos do Mangueirão são aprovados após Re-Pas

O clássico será disputado no Mangueirão dia 4 de fevereiro. Foto-Wagner Santana/Diário do Pará.
O clássico será disputado no Mangueirão dia 4 de fevereiro. Foto-Wagner Santana/Diário do Pará.

Para garantir a segurança do público no Estádio Olímpico do Pará Jornalista Edgar Proença, o Mangueirão, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedop) realizou testes nos pilares, vigamentos e nas arquibancadas durante os dois jogos entre Remo e Paysandu, o maior clássico do futebol paraense.

Os eventos-teste para o novo estádio ocorreram nos dia 26 e 29 de março. “O resultado foi satisfatório e dentro da curva que nós já esperávamos, e vamos seguir monitorando”, disse Ruy Cabral, titular da Sedop.

Com as obras feitas pelo governo do Estado, os pilares do estádio precisaram ser reconstruídos, assim como a cobertura. Para isso, foi realizada a avaliação experimental dos pilares, estudo feito pelo professor e doutor em Estruturas Edilson Morais Lima e Silva e toda a equipe técnica da Universidade Federal do Pará (UFPA). Já o acompanhamento das vibrações é realizado pela AJL Engenharia, empresa que atua há mais de 30 anos no ramo de estruturas.

De acordo com o titular da Sedop, a reavaliação é um processo indispensável. “É muito lógico que, após iniciarmos as obras, fizéssemos uma reavaliação na estrutura do Mangueirão, até para acompanharmos qual a situação atual e a longevidade dessa estrutura, ainda mais com a ampliação da cobertura, lançando uma nova estrutura sob uma já existente”, explicou Ruy Cabral.

Ainda de acordo com o secretário, a estrutura antiga do estádio apresentava pontos já degradados pela ação do tempo, intervenção humana e por esforços mecânicos, além da falta de manutenção corretiva e preventiva. “Por isso, algumas áreas, setores e elementos estruturais tiveram que ser reavaliados, e passaram por um reforço e reconstrução, dada a situação das patologias que foram encontradas antes do início das obras de reconstrução”, acrescentou o titular da Sedop.

Monitoramento – Iniciadas em fevereiro, as avaliações foram positivas. O resultado parcial indica que as deformações necessárias estão correspondendo ao novo carregamento, e que os níveis de tensão são atendidos de acordo com a segurança dos pilares. Além disso, foi verificado que a capacidade para sustentação é resistente ao peso inserido – as torcidas de Remo e Paysandu.

Em relação à vibração das arquibancadas foi utilizado o recurso “Prova de Carga Dinâmica”. O monitoramento é feito em tempo real e detecta se houve alteração nas vibrações. Para isso, foram colocados instrumentos – chamados de acelerômetros – nas vigas e arquibancadas, ligados ao sistema de aquisição de dados conectados a um computador. Durante os dois testes foi constatado que não houve qualquer alteração, e as vibrações estão dentro das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).