'OUTRO PATAMAR'

PF indica Bruno Henrique, do Flamengo, por fraude em apostas

O MP pede ainda que, se condenado, o jogador pague R$ 2 milhões por danos morais coletivos causados pela fraude
O MP pede ainda que, se condenado, o jogador pague R$ 2 milhões por danos morais coletivos causados pela fraude . Foto: Irene Almeida

Polícia Federal (PF) formalizou na última segunda-feira (14/4) a denúncia contra o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, e outras 10 pessoas por suspeita de fraude em competição esportiva e estelionato. O jogador é investigado por supostamente ter combinado receber cartão amarelo em partida do Campeonato Brasileiro 2023 para beneficiar apostadores.

Celular do irmão trouxe provas decisivas

As investigações avançaram após a PF analisar quase 4 mil conversas no WhatsApp de Bruno Henrique. Muitos diálogos estavam apagados ou sem conteúdo, levantando suspeitas de que o atleta teria limpado mensagens comprometedoras. No entanto, os agentes encontraram provas contundentes no celular de seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, também alvo da operação.

“Só se eu entrar forte em alguém”: diálogo revelador

Em agosto de 2023, os irmãos trocaram mensagens sobre os cartões amarelos de Bruno no Brasileirão:

  • Wander: “Você está com 2 cartões no Brasileiro?”
  • Bruno: “Sim.”
  • Wander: “Quando o pessoal mandar tomar o 3º, liga pra gente kkkk”
  • Bruno: “Contra o Santos.”

Mais tarde, Wander brincou: “Será que você aguenta até lá sem tomar amarelo?”, ao que Bruno respondeu: “Não vou reclamar. Só se eu entrar forte em alguém.” O irmão então afirmou: “Boa, já vou guardar o dinheiro. Investimento com sucesso.”

PF interpreta conversa como combinação para apostas

Os investigadores entendem que o diálogo indica combinação prévia para Bruno Henrique receber cartão amarelo no jogo contra o Santos, em 29 de outubro de 2023. A menção a “guardar dinheiro” seria uma alusão a apostas esportivas baseadas em informação privilegiada.

O atacante e os outros envolvidos responderão na Justiça por fraude esportiva e estelionato. O caso integra uma operação mais ampla da PF contra manipulação de resultados no futebol.

Com informações do portal Metrópoles.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.