
O Paysandu entra em campo nesta segunda-feira (20), às 19h, contra a Ferroviária, no estádio Fonte Luminosa, em Araraquara, pela 33ª rodada da Série B. O duelo carrega o peso de uma verdadeira decisão: é a última oportunidade real de o Papão manter, ainda que sob o fio da navalha afiada, a chama da esperança de escapar do rebaixamento. A vitória é obrigação para demonstrar que o impossível não passa de um ponto de vista, já que a matemática ainda segue ao lado bicolor.
Restam seis jogos pela frente, ou seja, 18 pontos em disputa, e com seus atuais 26, o Paysandu poderia chegar, no máximo, aos 44, número ainda inferior ao “mágico” 45, geralmente considerado suficiente para escapar da queda. Se tropeçar nesta noite, o limite cai para 41, o que obrigaria o clube a conviver igual a Odete Roitman, se fingindo de morto para buscar algo a mais, nas rodadas finais. O cenário é desafiador, mas com precedentes matemáticos: em 2023, a Chapecoense se livrou da queda à Série C com 40 pontos, terminando apenas uma posição acima do Z4.
Reencontro e Decisão
Além da pressão pelos números, o duelo reserva um ingrediente emocional: o reencontro com o técnico Claudinei Oliveira, que comandou o Paysandu em parte da temporada e hoje está à frente da Ferroviária, justamente a primeira equipe fora da zona de rebaixamento e que pode culminar o calvário ou a redenção alviceleste. Para os bicolores, o confronto é mais do que um jogo direto; é o divisor entre o desespero e a persistência, entre o adeus e a resistência.
De acordo com o Departamento de Matemática da UFMG, o Paysandu tem atualmente 99,40% de chances de rebaixamento. Os números são duros, mas o futebol insiste em desafiar a lógica. Resta ao Papão fazer o mesmo: acreditar, lutar e, quem sabe, adiar mais uma vez a queda que tantos já consideram certa.
Editado por Clayton Matos