O retorno do Paysandu à lanterna da Série B reacende a preocupação com a luta contra o rebaixamento. A campanha irregular obriga o clube a voltar as atenções para o chamado “número mágico”, tradicional referência usada para escapar da queda: 45 pontos. Hoje, com 21 pontos em 21 jogos, o time tem aproveitamento de apenas 30,4%, desempenho que exige uma mudança significativa de postura na reta final da competição.
O desafio é claro. Restam 17 partidas até o fim do campeonato, e o Bicolor precisa conquistar 24 pontos para alcançar a pontuação mínima que costuma assegurar a permanência. Isso significa que, em média, a equipe terá de somar 1,41 ponto por jogo, uma marca bem superior à sua trajetória até aqui. Em outras palavras, será preciso ganhar mais pontos do que o que já foi obtido em todo o turno inicial, cenário que ilustra a urgência de crescimento.
O histórico recente do clube ajuda a entender a dificuldade. Mesmo com o setor ofensivo mostrando sinais de evolução, como na chegada de Diogo Oliveira, a instabilidade defensiva e os altos e baixos em atuações coletivas ainda pesam na balança. O aproveitamento atual não é suficiente para uma reação consistente, e o time precisará transformar as oportunidades criadas em vitórias concretas, especialmente dentro da Curuzu, onde terá o apoio direto de sua torcida.
O chamado “número mágico” é, acima de tudo, um parâmetro matemático. Mas, no caso do Paysandu, também se tornou símbolo de superação e esperança. Restando pouco menos de um turno, o clube terá de aliar eficiência e regularidade para atingir a meta de 45 pontos.