Como diz um dos hinos que enaltece a torcida bicolor: “Vencer, é a palavra de ordem. Vencer, em cada campeonato”. É isso que o Paysandu precisa fazer para se manter com chances de conquistar seu principal objetivo no quadrangular final da Série C, que é garantir o acesso à Segunda Divisão Nacional. Embora o time ainda não tenha conseguir vencer nesta etapa, matematicamente nem tudo está perdido e o Papão continua dependendo apenas de si para festejar a conquista ao término das seis rodadas da 2ª fase.
O resultado negativo ocorrido no último sábado (27), pela segunda rodada da segunda fase da Série C do Campeonato Brasileiro, para o ABC-RN, pelo placar de 1 x 0, definitivamente não estava nos planos do Paysandu. Mesmo com o torcedor lotando as arquibancadas, o time não mostrou competência para reverter o resultado. Mesmo assim, na avaliação do técnico Márcio Fernandes, o resultado foi injusto devido as diversas chances criadas e ressaltou que ainda existem 12 pontos em disputa.
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“É claro que não esperávamos essa derrota. Hoje a equipe está para baixo, mas amanhã temos que pensar que ainda tem quatro jogos, 12 pontos a serem disputados, e se conquistarmos eles o acesso é possível. Eu sei que o nosso torcedor saiu triste, queríamos presenteá-los com uma boa vitória, mas ainda não acabou. Temos que levantar a cabeça, resgatar melhor para poder jogar. Foi um momento de desatenção. Essa derrota é muito injusta, mas futebol é bola na rede”, disse.
Embora o Paysandu não tenha conseguido conquistar a vitória, nos últimos três jogos que disputou (duas delas dentro do quadrangular), as principais jogadas na disputa, surgiram através dos pés dos atacantes do Papão (Danrlei contra o Vitória-BA e Robinho diante do ABC-RN). Com relação a isso, Márcio Fernandes não escondeu a frustração por conta das chances realizadas e também desperdiçadas.
“No jogo passado contra o Vitória tivemos a chance de ganhar e não fizemos. É um momento que, quem tem a chance, faz. E está aparecendo, mas os gols não entram. Nosso time joga para frente, sempre foi assim. Não tem que mudar característica do time agora, seria muito difícil para um grupo que vem desde o início do ano com esse trabalho e isso faz com que tenhamos maior volume, chance, mas se não fizer, o adversário vai uma vez lá e acaba vencendo o jogo”, destacou.
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Além da incompetência na pontaria, o Paysandu novamente sofreu com os problemas físicos dos atletas – sobretudo com a repentina saída do atacante Dalberto, que precisou sair de campo com constantes dores no joelho. E devido a isso, modificações precisaram ser realizadas. Ao longo da entrevista coletiva, o treinador explicou os motivos das trocas dos atletas e também as correções táticas que ele tentou implantar sobretudo na etapa final no confronto contra o Elefante Potiguar.
“Eu tentei ajustar. O Robinho sentiu uma contusão no início, ainda ficou até o final, mas não está tendo muita sorte. O Dalberto entrou bem e também sentiu e eu tive que queimar outra substituição. Isso nos atrapalhou. E ai eu tentei posicionar o meio-campo, levando o Serginho um pouco para o lado e colocando o Gabriel para preencher e ganhar o meio, e isso começou a acontecer. Tivemos maior posse de bola, e num lance esporádico na frente eles conseguiram fazer o gol”, finalizou.