Erros de planejamento dominaram a trajetória bicolor em 2025 e sobressaem em meio à luta contra uma queda praticamente certa - Foto: Mauro Ângelo/Diário do Pará
Erros de planejamento dominaram a trajetória bicolor em 2025 e sobressaem em meio à luta contra uma queda praticamente certa - Foto: Mauro Ângelo/Diário do Pará

Se no turno da Série B do Brasileiro o torcedor do Paysandu sentiu o gosto amargo da participação do time no campeonato, no returno a dose está sendo ainda maior. Nas 13 rodadas iniciais da competição, o Papão somou 10 pontos. No returno, na mesma quantidade de partidas disputadas até a 32ª virada, a equipe alcançou apenas 6 pontos dos 39 possíveis. No total, contando com o restante do primeiro turno, o Paysandu obteve 26 pontos e a merecida lanterna da Segundona. Assim, são remotíssimas as possibilidades de escapar à queda à Série C de 2026. Rebaixamento, aliás, já admitido pelos torcedores.

Em sua participação até aqui na Série B, o Papão soma 5 vitórias, 11 empates e 16 derrotas. Isso sob o comando de três treinadores. Entre os quais, se destaca o santista Claudinei Oliveira, que chegou a ficar 9 partidas invicto no cargo. Ao todo, o ex-treinador esteve à frente do time em 14 partidas, com 4 vitórias, 5 empates e 5 derrotas. Esse retrospecto deu ao Papão 17 pontos. Antes, Luizinho Lopes esteve no cargo, comandando o Papão em 10 jogos, sem vencer nenhum. Foram 4 empates e 6 derrotas, ou seja, só 4 pontos. Agora, Márcio Fernandes acumula 7 partidas, com 1 vitória, 2 empates e 4 derrotas, somando 5 pontos.

Paysandu tem média de um técnico a cada oito rodadas da Série B

Além dos treinadores oficiais, o Papão ainda teve o ex-auxiliar permanente do clube, Carlos Forner, à beira do gramado na derrota, em Cuiabá, diante do adversário homônimo. Esta partida antecedeu à efetivação de Claudinei Oliveira na direção do elenco. O Paysandu tem até aqui média de um treinador a cada 8 rodadas do campeonato. Esse fato expõe a falta de planejamento da diretoria para a disputa da mais importante competição do calendário do clube. Assim como a troca de técnico foi constante, a saída e a chegada de novos jogadores, alguns comprovadamente sem condições de vestir a camisa do clube, se deram por atacado.

Em suas últimas investidas no mercado da bola, ocorrida na base do desespero para tentar livrar a equipe da queda à Terceirona, a diretoria apostou naquilo que jamais poderia dar certo, trazendo atletas oriundos de clubes que disputaram a Série C e até mesmo a D, última divisão do Brasileiro. Atletas que desembarcaram na Curuzu como justificativa ao torcedor, o chamado contratar por contratar. Exemplo da questão é o caso do atacante João Marcos, vindo da Aparecidense-GO, equipe eliminada na D, que esteve em campo pelo clube por apenas 26 minutos na derrota, por 1 a 0, diante do Goiás-GO. Assim como ele, quase na mesma toada, todos os demais vindos na mesma leva de contratados.