A segunda-feira foi toda ruim para o Paysandu. Começou com briga entre torcedores nas imediações da Curuzu, prosseguiu com mais uma derrota em casa, dessa vez de 1 a 0 para o Sport Recife-PE – gol de Igor Cariús – e terminou com objetos sendo arremessados para dentro do gramado do Leônidas Castro, o que foi registrado pelo árbitro André Luiz Bento, o que pode render problemas futuros ao Papão, além de brigas entre torcedores na arquibancada e discussões de jogadores em campo.
O resultado de tudo isso é a manutenção da fase ruim do time alviazul na 16ª posição, a primeira fora da zona do rebaixamento. A dificuldade maior é que três times que estão no Z4, CRB-AL, Brusque-SC e Guarani-SP, têm jogos a menos.
Nesta sexta-feira, mais uma vez como mandante, o Paysandu volta a campo para receber o Ituano-SP, que está justamente uma posição abaixo. Para essa partida, o zagueiro Quintana está liberado após cumprir suspensão automática. Em contrapartida, o volante Matheus Trindade e o zagueiro Wanderson receberam o terceiro amarelo e estarão de fora. Mais do que acertar a equipe, o técnico Márcio Fernandes terá que trabalhar a parte mental da equipe. Faltando 30 pontos em disputa, o Papão tem que conquistar a metade disso para chegar aos 45 pontos que, tradicionalmente, tem livrado as equipes da Segundona do rebaixamento.
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Nesta segunda, o Paysandu teve a bola durante quase toda a partida, pouco criou e menos perigo ainda levou, mesmo quando esteve melhor em campo. Na reta final, já em desvantagem, a bola “queimava” nos pés bicolores e as jogadas já não eram criadas, com o time se resumindo a ligações diretas da defesa, cruzamentos sem propósitos e chutes sem o menor sentido e direção.
Para os jogadores, não há tempo para lamentação e sim de levantar a cabeça e procurar a recuperação ainda esta semana. “Muito difícil falar novamente sobre esse assunto. A gente vem jogando bem, a bola não quer entrar e aí o cara vai lá uma vez e faz o gol. É muito triste, a gente trabalha muito, o nosso time trabalha muito forte, mas quando a bola não entra, a bola pune”, disse o meia Juninho.
“No momento é difícil falar em justiça. Acho que, de novo, fizemos um bom jogo e controlamos todas as ações, mas sabíamos que ia ser um jogo difícil contra uma equipe que está brigando pelo G4. Temos que levantar a cabeça, é difícil o nosso momento, mas a gente tem que continuar brigando. Se a gente não acreditar, se a gente não tentar fazer a melhor coisa para sair dessa situação, não vai adiantar de nada. Então, temos que acreditar, colocar a cabeça no lugar, continuar lutando, acreditando. Eu tenho certeza que vamos sair dessa situação”, completou o também meia João Vieira.
