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Paysandu estreia hoje na Série B, contra o Santos, e quer começar surpreendendo

O momento mais aguardado dos últimos anos para o mundo bicolor finalmente chegou. Neste sábado (20), a partir das 16h30, o Paysandu volta a se fazer presente no Campeonato Brasileiro da Série B e com uma disputa à altura da competição. O Papão enfrenta o Santos, um dos fortes candidatos ao título deste ano, na Vila Belmiro. E o desenvolvimento percorrido no gramado ao longo dos últimos meses pelas agremiações será colocado à prova de fogo. No caso da equipe paraense, a qualidade do nível técnico e tático será o grande holofote.

No cenário local, o Bicola amassou tudo o que veio pela frente, com direito ao título invicto pelo Campeonato Paraense, o 50° de sua história, além de uma vaga na grande decisão da Copa Verde. Mas, quando precisou sair dos limites do estado, o time não se deu tão bem. O grande exemplo foi pela Copa do Brasil.

Tanto contra o Ji-Paraná quanto frente ao Juventude, a equipe não conseguiu demonstrar o bom futebol que ‘deitou’ no Pará, ao passar arrastado na primeira fase e depois ter sido eliminado do torneio nacional sem tanto brilho. Nesse sentido, no anseio de superar essa bronca e demonstrar o seu valor logo de cara, o grupo de Hélio dos Anjos espera ir com tudo diante de um forte oponente.

O mesmo sentimento é compartilhado pelo Peixe. Em um ano positivo erguido até aqui, a equipe praiana foi uma das grandes sensações do disputado Campeonato Paulista. Por vezes dono da melhor campanha, o time foi finalista desta edição do Paulistão, ao ter encerrado a temporada com o vice-campeonato, fazendo da praça esportiva de hoje, a Vila Belmiro, uma de suas principais armas como um caldeirão contra os seus oponentes. Desse modo, com muitos fatores em jogo, quem sai na frente da disputa é o torcedor, com a promessa de um embate de altíssimo nível. Mas só pela TV, já que a partida terá portões fechados. Melhor para o time paraense.

FICHA DO JOGO

  • Santos: João Paulo; Hayner, Gil, Joaquim e Felipe Jonatan; João Schmidt, Diego Pituca e Giuliano; Pedrinho, Guilherme e Julio Furch. Técnico: Fábio Carille.
  • Paysandu: Matheus Nogueira; Edilson, Wanderson, Quintana e Bryan Borges; João Vieira, Leandro Vilela e Robinho (Crystopher); Edinho, Jean Dias e Nicolas. Técnico: Hélio dos Anjos.
  • Local: Vila Belmiro. Horário: 16h30. Árbitro: Lucas Guimarães Rechatiko Horn (RS). Assistentes: Michael Stanislau (RS) e Jorge Eduardo Bernardi (RS). Transmissão: TV Globo, Sportv, Premiere, Rádio Clube do Pará e Dol (lance a lance).
Para Ruan Ribeiro, Santos já entra pressionado para ter uma boa performance e o Papão pode usar isso a seu favor – Foto: Jorge Luis Totti/PSC

Bicolores sabem que vem chumbo grosso por aí

O retorno alviceleste à Série B, pelos inúmeros motivos celebrados pelos torcedores, é simbólico. O time será o responsável por ser o primeiro adversário da história do Santos na Segundona, visto a estreia da equipe praiana pela nova competição desde a sua fundação. Cientes disso e fora de casa, os atletas do Paysandu entendem que a gana do adversário será fora do comum em busca da pontuação máxima, com o anseio de confirmar seu favoritismo e sua tradição rumo à elite de forma imediata.

O atacante Ruan Ribeiro, nesse sentido, faz uma análise sobre tudo o que deverá rodear o confronto para a tarde deste sábado, desde o nervosismo até a competitividade integral ao longo dos 90 minutos. “A gente tem certeza que vai ser um jogo duro, que eles não vão querer começar perdendo em casa. A pressão está toda com eles e vamos usar isso a nosso favor. Estamos em uma grande sequência tendo conquistado um título e classificado para outra final. Temos muita qualidade para por em campo”, aponta o atleta.

Embora entenda que por todo esse cenário o Santos seja considerado favorito, o Papão também apresenta fatores interessantes para entrar com moral no gramado da Vila Belmiro, a exemplo das suas sete partidas seguidas invictas, ao lado do forte equilíbrio entre os setores ofensivo e defensivo.

Assim, o atleta celebrou poder compartilhar experiência com jogadores de alto nível ao falar sobre a importância do coletivo bicolor nesse momento. “Tem sido muito bom pra mim porque tenho evoluído o meu jogo. Tenho armado jogadas mais por trás, ajudando também os meus companheiros, mas eu sou um atacante e quero sempre ajudar a minha equipe guardando gols. O professor sabe o que é o melhor pro time e tenho fé que estamos fazendo a coisa certa aqui”, completou.