Nildo Lima
O julgamento de ontem na 2ª Comissão Disciplinar, do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que teve o lateral-direito Edilson e o volante Val Soares, do Paysandu, como réus, além do próprio clube, teve saldo positivo para os bicolores. O Papão corria o risco de ser punido com a perda de mando de campo na Série B do Brasileiro em razão do mau comportamento de alguns torcedores por ocasião da partida, contra o Goiás-GO, valendo pela 5ª rodada da competição. No mesmo jogo, os atletas foram expulsos pelo árbitro Matheus Delgado Candançan, de São Paulo, o 1º em campo e o 2º do banco de reservas.
Em seu relatório, Matheus Delgado denunciou o arremesso de líquidos e, também, de uma sandália para dentro do gramado no decorrer da partida, o que levou o clube a ser enquadrado no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que prevê o pagamento de multa e a perda de mando de campo.
No entendimento dos integrantes da 2ª Turma da Corte, a punição mais adequada a ser aplicada ao Paysandu seria apenas a multa de R$ 500. Menos mal para o clube que vai poder seguir mandando os seus jogos em sua própria casa sem a limitação de público.
Edilson e Val Soares, por outro lado, acabaram sendo punidos, mas apenas com uma partida de suspensão, já cumprida pelos atletas nos jogos contra o Amazonas-AM, pela 6ª rodada da Segundona. Desta maneira, tanto o defensor como o meio-campista estão à disposição do técnico Hélio dos Anjos para o jogo contra o Operário, do Paraná, no próximo domingo, na Curuzu, pela 13ª rodada do Brasileiro. No julgamento dos dois casos, ocorrido de maneira virtual, os jogadores e o clube tiveram em suas defesas o advogado Vinícius Alves.
Em sua peça de defesa, Alves invocou a campanha de conscientização promovida pelo Paysandu na tentativa de acabar com o comportamento antidesportivo de alguns torcedores mais exaltados em jogos do time. A direção bicolor, de fato, tem se empenhado em mostrar a esses torcedores que o Paysandu e, consequentemente, a sua torcida acabam sendo prejudicados com o tipo de situação ocorrida na partida contra o adversário goiano. A mesma situação já chegou a ocorrer em outros jogos do time, no ano passado, que levaram o time a ter de jogar com a presença de público restrito a mulheres, adolescentes e menores no próprio Brasileiro.