Isolado na ponta em sua chave, os jogadores do Paysandu, mesmo com o cenário positivo, visualizam um confronto complicado diante do Amazonas-AM, já que o adversário da vez está na segunda colocação e uma vitória pode deixá-los próximos do acesso. O duelo está marcado para o próximo domingo, no Mangueirão, às 17h30, válido pela quinta rodada do Grupo C, na segunda fase.
O meio-campista Robinho, que já jogou durante três temporadas (2017/18/19) com o grande destaque do Amazonas, o artilheiro da competição Sassá, em tempos de Cruzeiro-MG, deu o recado. “Acredito que vai ser um jogo muito igual. O time deles não vai ficar atrás, são jogadores que jogam pra frente. Vai ser um grande jogo, eles precisam da vitória também para dar um pulo para o acesso. Mas a nossa forma de jogar é ir pra cima, disputar e ir pra cima”, avalia.
Para que isso aconteça, a participação do torcedor, mais uma vez será imprescindível. O último final de semana vivido pelo Paysandu beirou a perfeição. A um passo do retorno para a Série B do Campeonato Brasileiro, a equipe terá a chance de realizar o seu grande desejo desta e da última temporada neste domingo (1º), em Belém, com a previsão de um Mangueirão abarrotado por torcedores.
A comoção e amparo dado pela Fiel Bicolor desde a chegada da delegação alviceleste na capital paraense no começo desta semana, por sinal, surpreendeu até mesmo os mais experientes do elenco. Robinho, de 35 anos, responsável direto pela vitória gigante sobre o Botafogo-PB no sábado (23), por 2 a 1, com uma assistência e assinando o gol da virada em pleno alçapão adversário, não escondeu o ‘espanto’ positivo presenciado no aeroporto após o desembarque da equipe, mesmo em um horário atípico, de madrugada.
O jogador até fez um comparativo. “Realmente eu tinha falado que queria saber a força da torcida, já conhecia de ter assistido na televisão, mas ainda não tinha presenciado. Jogando em casa presenciei 50 mil, mas agora não imaginava tanta torcida no aeroporto. Ainda não concretizamos o acesso e a festa me impressionou demais, mas quando fui campeão pela Copa do Brasil em 2018, em Belo Horizonte, pelo Cruzeiro-MG, foi uma festa que me lembrou aquilo. Foi tanta gente como 2018. Eu imagino que quando a gente atingir o objetivo, o que será que vai acontecer aqui em Belém?”, disse.
SEM DESLUMBRE
Apesar da emoção e ansiedade em poder concretizar matematicamente o objetivo da torcida e do elenco, o experiente atleta garantiu que a humildade interna segue dando ordens. O motivo é o formato da competição, mata-mata no quadrangular decisivo, que deixa tudo mais tenso. O formato, contudo, é algo que o motiva. “É um tipo de competição que eu gosto.
Quadrangular tem um pouco mais de jogo, mas é um mata-mata sim, tenho um pouco mais de experiência, de jogar grandes mata-matas, jogos decisivos. A empolgação do nosso time é zero, sem oba-oba, nosso foco total é o jogo de domingo. A gente sabe da dificuldade. Estamos muito próximos do objetivo, mas ainda não alcançamos. Os treinamentos estarão todos focados em atingir essa vitória e esse acesso”, destaca.