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Paysandu comemora 79 anos dos 7 a 0 em cima do Remo

Em pé da esquerda para direita: ATHENÁGORAS, Simeão, Bria, Pedro, Capivara, MANOEL PEDRO e NASCIMENTO; Agachados na mesma ordem: Valentim, FARIAS, HÉLIO, GUIMARÃES e SOIÁ.
Em pé da esquerda para direita: ATHENÁGORAS, Simeão, Bria, Pedro, Capivara, MANOEL PEDRO e NASCIMENTO; Agachados na mesma ordem: Valentim, FARIAS, HÉLIO, GUIMARÃES e SOIÁ.

O Paysandu comemorou, ontem, mais um feito marcante na história do clube, conquistado há 79 anos e que até hoje é motivo de orgulho para os seus torcedores. A goleada por 7 a 0 aplicada no maior rival, o Clube do Remo, no dia 22 de julho de 1945, segue sendo o placar mais elástico já registrado no retrospecto dos 775 clássicos entre as equipes. A goleada, que entrou para o cancioneiro local, teve papel importante na conquista do título estadual daquela temporada pelo time alviceleste, o 15º em 110 anos de fundação do clube.

Como se não bastasse a goleada por si só, o resultado ainda foi conquistado em plena casa do adversário, o Baenão, no 4º domingo daquele ano, com o estádio dividindo suas arquibancadas de igual para igual entre os torcedores das equipes. O dianteiro, como era chamado o atacante na época, Soiá foi o principal nome da partida, balançando por três vezes a meta defendida pelo goleiro de sugestivo apelido Tico Tico. A goleada foi aberta aos 37 minutos do 1º tempo por Hélio. Em seguida vieram os gols de Farias (um minuto do 2º tempo), Soiá (quatro, nove e 20 minutos), novamente Hélio (24 minutos) e Nascimento (44 minutos).

No finalzinho do 1º tempo, quando o jogo ainda era equilibrado, Arleto, do Paysandu, e Vicente, do Remo, foram expulsos de campo após protagonizarem uma briga, que precisou da intervenção do chamado pessoal do “deixa disso”. A partida teve em sua direção o árbitro de Copa do Mundo, o paraense Alberto Monard da Gama Malcher, que, mais tarde se transferiu para o Rio de Janeiro, onde apitou partidas do Mundial de 1950. O Paysandu chegou ao tetracampeonato paraense naquele ano, conquista jamais igualada e alcançada pelo clube.

O Papão, dirigido pelo técnico Floriano Rodrigues, disputou o clássico com Palmério; Izan e Athenágoras; Mariano, Manoel Pedro e Nascimento; Arlerto, Hélio, Guimarães, Farias e Soiá. O Remo, por sua vez, teve em campo Tico-Tico; Jesus e Expedito; Mariosinho, Rubens e Vicente; Monard, Jiju, Jango, Capi e Boró.