A proximidade do dia do segundo jogo contra o Figueirense-SC, válido pela quarta rodada do quadrangular da Série C, traz a culminância da última cartada que o Paysandu tem na competição. Aliás, faltando três rodadas e com a necessidade de vencer em todas, a cada partida o caráter decisivo tem ganhado mais corpo. É assim que, afirmam os jogadores, têm sido os treinamentos e os pensamentos dos últimos dias. “A intensidade tem sido muito forte, pois no jogo será assim. Estamos precisando do resultado, então é normal que seja assim. Trabalhamos para o que vamos precisar durante a partida para chegar à vitória”, afirmou o lateral-direito Leandro Silva.
O experiente jogador lamenta o que considera pequenas falhas de concentração como resultantes dos gols sofridos na fase. “Quando a gente baixa a intensidade nós levamos gols bobos”, disse, reforçando a necessidade de manter o foco em alta nos 90 minutos, em especial se o time quiser ainda sonhar com o acesso. “O mais importante é a gente acreditar em nosso trabalho. Não chegamos aqui à toa, com uma campanha maravilhosa. Temos que acreditar no que podemos fazer e isso nos motiva”.
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A vivência de boa parte do elenco é algo que ele e companheiros vem ressaltando nos últimos dias. Leandro comentou já ter vivido momentos de necessidade de resultados extremos e que conseguiu chegar aos objetivos, torcendo para que isso se repita mais uma vez. “Não só eu como a maioria dos que está aqui já viveu situações semelhantes e teve finais felizes. Nossa vontade de querer vencer e fazer história é enorme. Aqui nunca foi fácil e temos que manter nossa busca”.
Como o jogo de domingo é de vida ou morte, os jogadores começaram ontem o regime de concentração no hotel que fica nas dependências da Curuzu. Tudo para manter o foco total nesse desafio e, depois, pensar nos outros. “Temos que pensar jogo a jogo. Primeiro no Figueirense e depois no ABC. Estaremos em casa e vamos buscar essa vitória até o fim”, disse Leandro, que mesmo com o Paysandu numa situação complicada não acredita que o Figueira venha a Belém para tentar se impor. “Acho que será da mesma forma como a maioria dos adversários que vêm aqui, jogando por uma bola e na retranca. Mas, vamos para cima, pois estamos devendo uma boa vitória à nossa torcida”.
Atacante é liberado e julgamento adiado
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Expulso contra o Altos-PI, na penúltima rodada da primeira fase da Terceirona, o atacante Marcelinho foi absolvido ontem pelo pela 4ª Comissão Disciplinar da Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O jogador recebeu o cartão vermelho mesmo estando no banco de reservas. O atacante já cumpriu a suspensão automática e está livre para ser aproveitado no domingo.
Já o julgamento pela invasão da torcida bicolor ao gramado na mesma partida saiu de pauta e não tem data ainda para acontecer. O Papão volta ao banco dos réus na próxima segunda-feira, dia 12, por conta dos incidentes de alguns torcedores na arquibancada do estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis (SC), domingo passado. O julgamento será na 1ª Comissão Disciplinar.
O Paysandu será julgado pelo artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata sobre “as providências que os clubes devem tomar em praças esportivas e o comportamento dos torcedores”. Objetos foram arremessados para dentro do gramado, o que foi relatado na súmula da partida. O clube pode ser punido com pagamento de multa, que pode variar entre R$ 100 e R$ 100 mil, ou perda de mando de campo.
TORCIDA VISITANTE
O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) acatou o pedido da diretoria do Figueirense-SC para que a torcida visitante tenha garantido um espaço na Curuzu no jogo de domingo, contra o Paysandu. A medida é uma contrapartida ao jogo do último sábado, quando os torcedores do Papão tiveram também um local para ficarem no estádio Orlando Scarpelli, em Santa Catarina.
O clube catarinense encaminhou o pedido à Comissão Estadual de Combate à Violência nos Estádios de Futebol do MP, que encaminhou a decisão ao coronel Moisés Oliveira da Silva, do Comando de Policiamento Especializado (BPE). O documento, assinado pelo presidente da comissão, Antônio Barleta de Almeida, diz: “Os membros desta comissão (…) deliberaram por manifestar-se favoravelmente ao pleito do Figueirense Futebol Clube. Considerando, precipuamente (I) o princípio da reciprocidade, vez que foi franqueado o acesso aos torcedores do Paysandu na partida realizada sob o mando do Figueirense Futebol Clube, (II) a possibilidade de planejamento antecipado das ações de segurança e (III) a ausência de regras mais restritivas de acesso às praças esportivas do estado do Pará após a fase mais aguda de contágio da pandemia da COVID-19”.
